sábado, 27 de janeiro de 2007

CONSEITO DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Aqui devemos lembrar em linhas gerais o histórico da problemática ambiental e sua evolução até as tentativas atuais para construir o conceito de turismo e desenvolvimento sustentável:


1972 – Conferência da ONU sobre Meio Ambiente Humano em Estocolmo: primeira iniciativa do gênero para examinar a questão de maneira global e coordenada na busca de soluções aos problemas existentes e definir linhas de ação para a problemática ambiental.

1974 – Ignacy Sachs e sua equipe interdisciplinar, sediada no CIRED – Centre International de Recherche sur l’Environnment et le Dévéloppement, reelaboram a questão do ecodesenvolvimento, criada em Estocolmo em 1972, ampliando e diversificando seus horizontes.

1974/1975 – Com a Declaração de Cocoyoc de 1974, e o Relatório Que Faire apresentado no final de 1975 pela Fundação Dag Hammarskjold, por ocasião da 7ª Conferência Extraordinária das Nações Unidas, reutilizaram as idéias de Sachs e sua equipe, sem utilizar, contudo o termo ecodesenvolvimento de forma explícita, mas as expressões um outro desenvolvimento e desenvolvimento sustentado.
1982 – Em Nairóbi, Quênia, sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, realizaram-se reunião comemorativa do 10º aniversário da Conferência de Estocolmo, quando se procedeu à avaliação dos resultados até então obtidos e a um exame da mudança de percepção da problemática ambiental.

1983 – Em resposta a uma decisão da Assembléia Geral da ONU, foi estabelecida a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida pela norueguesa Gro Brundtland. O objetivo amplo foi reexaminar a questão ambiental, interrelacionando-a com a questão do desenvolvimento, e propor programas de ação. Quatro anos depois se elaborou o relatório final da comissão, intitulado Nosso Futuro Comum, conhecido também como Relatório Brundtland. Desse relatório surge com mais força a expressão desenvolvimento sustentável, com intenção de despertar a conscientização pública e evidenciar a necessidade de um melhor gerenciamento do meio ambiente para sustentar o planeta Terra.

1992 – Muitas da idéias e percepções do Relatório Brundtland foram discutidas na Rio-92. Entre as principais destacam-se: a Carta da Terra, uma declaração de princípios básicos a serem seguidos por todos os povos com respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento; e a Agenda 21, um plano de ação com as metas aceitas universalmente para o período pós - 1992 e entrando pelo século 21.

Em abril de 1995, por iniciativa da ONU, realiza-se a Primeira Conferência sobre Turismo Sustentável, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Foi co-patrocinada pelo Programa Ambiental dessa mesma organização, e pelo Programa sobre o Homem e a Biosfera da UNESCO e pela OMT.

TURISMO PLANEJADO

O turismo deve ser planejado e gerido de uma forma sustentável, tendo em conta a proteção e utilização econômica adequada do ambiente natural e humano das áreas anfitriãs.
O turismo deve ser levado a cabo com equidade, tendo em vista a justa distribuição dos benefícios e custos pelos promotores de turismo e pelas áreas anfitriãs.
No interesse individual e coletivo, devem estar disponíveis, antes e durante o processo de desenvolvimento, informações detalhadas, pesquisas e comunicados sobre a natureza do turismo e os seus efeitos sobre o ambiente humano cultural, particularmente paras as pessoas de modo a que possam participar e exercer a maior influencia possível sobre o desenvolvimento e seus efeitos.é necessário incentivar a população local no sentido de assumirem cargos de liderança no planejamento e desenvolvimento, com a ajuda do governo, empresas e instituições financeiras e outros.

Antes de dar inicio a qualquer projeto principal, devem ser efetuadas analises de planejamento econômico, social e ambiental, dando uma especial atenção a diversos tipos de desenvolvimento do turismo e as formas como estas se podem relacionar com praticas atuais, formas de vida e questões ambientais.

Durante todas as fases de desenvolvimento e operação do turismo, deve ser levado a serio um programa de avaliação, supervisão e medição cuidadoso de modo a permitir a população local tirar partido das oportunidades ou adaptar-se as alterações.


Fonte: Organização Mundial do Turismo - Desenvolvimento do Turismo
sustentável (MAnual para Organizadores Locais)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

PRINCIPIOS DO DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL


SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA:
Assegura que o desenvolvimento é compatível com a manutenção dos processos ecológicos essenciais, diversidade biológica e os recursos biológicos."


SUSTENTABILIDADE SOCIAL E CULTURAL:

"Assegura que o desenvolvimento e o controle das pessoas sobre suas próprias vidas é compatíveis com a cultura e os valores das pessoas atingidas pelo desenvolvimento, aumentando e fortalecendo a identidade da comunidade."

SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA:

" Assegura que o desenvolvimento é economicamente eficiente e que os recursos são geridos de forma que suportem gerações futuras."

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

AÇÕES PROPOSTAS PARA A POLÍTICA NACIONAL DO ECOTURISMO

Para a consecução dos objetivos básicos foram identificadas diversas ações, cada uma com estratégia própria de execução, que integradas, resultaram num elenco de realizações prioritárias, cuja responsabilidade de implementação alcança diversos setores governamentais e o segmento do setor privado voltado ao ecoturismo, sem prejuízo da colaboração das organizações não-governamentais e da comunidade diretamente envolvida.


1. Regulamentação do Ecoturismo
Dotar o segmento de ecoturismo de estrutura legal própria, harmonizada com as esferas federal, estadual e municipal, e de critérios e parâmetros adequados.

2. Fortalecimento e Interação Inter-institucional
Promover a articulação e o intercâmbio de informações e de experiências entre os órgãos governamentais e entidades do setor privado.

3. Formação e Capacitação de Recursos Humanos
Fomentar a formação e a capacitação de pessoal para o desempenho de diversas funções pertinentes à atividade de ecoturismo.


4. Controle de Qualidade do Produto EcoturísticoPromover o desenvolvimento de metodologias, modelos e sistemas para acompanhamento, avaliação e aperfeiçoamento da atividade de ecoturismo, abrangendo o setor público e privado.
5. Gerenciamento de InformaçõesRealizar o levantamento de informações, a nível nacional e internacional, visando a formação de um banco de dados e a obtenção de indicadores para o desenvolvimento do ecoturismo.
 
6. Incentivos ao Desenvolvimento do Ecoturismo
Promover e estimular a criação e a adequação de incentivos para o aprimoramento de tecnologias e de serviços, a ampliação da infra-estrutura existente e a implementação de empreendimentos ecoturísticos.

7. Implantação e Adequação de Infra-Estrutura
Promover o desenvolvimento de tecnologias e a implantação de infra-estrutura nos destinos ecoturísticos prioritários.
 
8. Conscientização e Informação do TuristaDivulgar aos turistas atividades inerentes ao produto ecoturístico e orientar a conduta adequada nas áreas visitadas.
9. Participação Comunitária
Buscar o engajamento das comunidades localizadas em destinos ecoturísticos, potenciais e existentes estimulando-as a identificar no ecoturismo uma alternativa econômica viável.

ECOBRASIL E ECOTURISMO

Para a Ecobrasil, o Ecoturismo deve:

§ utilizar de forma sustentável o patrimônio natural
§utilizar de forma sustentável o patrimônio cultural
§incentivar a conservação do patrimônio natural
§ incentivar a conservação do patrimônio cultural
§ buscar a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do (meio) ambiente
§ promover o bem-estar das populações envolvidas (visitantes e visitados

Diretrizes para a Política Nacional de Ecoturismo

Face à crescente demanda pelo segmento ecoturismo ou "turismo ecológico", e à total ausência de consenso sobre sua conceituação, viu-se necessário o desenvolvimento de critérios, regulamentações e incentivos para orientar empresários, investidores e o próprio governo, no estímulo e no uso do potencial das belezas naturais e valores culturais disponíveis, ao mesmo tempo promovendo sua conservação.

O governo brasileiro, sabendo que para que o ecoturismo pudesse efetivamente constituir uma estrutura sólida, acessível e permanente, determinou que era preciso que se estivesse alicerçado em diretrizes coerentes com o mercado, tecnologicamente ajustadas e democraticamente discutidas, de forma a acomodar adequadamente as peculiaridades ambientais e culturais brasileiras.

Em agosto de 1994, em Goiás Velho (GO), um grupo de trabalho interministerial MMA-MICT, integrado pelos setores público e privado, reuniu-se com o objetivo de desenvolver e propor as Diretrizes para a Política do Programa Nacional de Ecoturismo.

Naquele momento histórico, estabeleceu-se o marco conceitual brasileiro do ecoturismo, a partir de então definido como:
"segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas".

Com as diretrizes pretendeu-se nortear o desenvolvimento do ecoturismo e servir como base para a implantação de uma Política Nacional buscando assegurar:

§ à comunidade: melhores condições de vida e reais benefícios,
§ ao meio ambiente: uma ferramenta que valorize os recursos naturais,
§ à nação: uma fonte de riqueza, divisas e geração de empregos,
§ ao mundo: a oportunidade de conhecer e utilizar os patrimônios cultural e natural dos ecossistemas onde convergem a economia e a ecologia, para o conhecimento e uso das gerações futuras.

Com base no cenário identificado durante a realização da oficina de planejamento das diretrizes, os esforços a serem empreendidos na implementação de uma política para o desenvolvimento do ecoturismo no Brasil foram direcionados ao atendimento dos seguintes objetivos básicos:

§ fortalecer a cooperação inter-institucional,
§ compatibilizar a atividade com a conservação de áreas naturais,
§ possibilitar a participação efetiva de todos os grupos de interesse do setor,
§ promover e estimular a capacitação de recursos humanos para o ecoturismo,
§ promover o aproveitamento da atividade como veículo de educação ambiental,
§ promover, incentivar e estimular a criação e melhoria da infra-estrutura para a atividade de ecoturismo.

ECOTURISMO NO BRASIL

No Brasil, no âmbito governamental, o ecoturismo é discutido desde 1985, quando a Embratur iniciou o projeto "Turismo Ecológico". A primeira iniciativa de ordenar a atividade ocorreu em 1987 com a criação da Comissão Técnica Nacional, constituída por técnicos do Ibama e da Embratur, para monitorar o Projeto de Turismo Ecológico, em resposta às práticas existentes à época - pouco organizadas e nada sustentáveis

Em 1993, foi fundada a primeira organização não-governamental com o objetivo de implementar no pais turismo em bases responsáveis - a Associação Brasileira de Ecoturismo - EcoBrasil, posteriormente transformada em instituto e que atualmente continua seus trabalhos com projetos e programas que visam o ecoturismo e o turismo sustentável.

 Em 1995, o Instituto Ecoturístico Brasileiro - IEB, surge no contexto nacional com o objetivo de organizar e unificar toda a cadeia ecoturística que compreende desde empresários, operadoras e agências de viagem, meios de hospedagem,entidades ambientalistas, entre outras pessoas ligadas a área. Uma de suas prioridades é incentivar o ecoturismo através da elaboração de um código de ética visando certificar o profissional do setor.

Em 1994, com a criação das Diretrizes para a Política do Programa Nacional de Ecoturismo, estabeleceu-se o marco legal do ecoturismo no Brasil, definindo como:
"um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas."
Entretanto, nem os esforços governamentais nem os privados foram suficientes para ultrapassar todas as barreiras, algumas até hoje existentes, entre a teoria - principalmente em relação aos modelos nacionais - e a prática do ecoturismo.

Em conseqüência, o ecoturismo praticado no Brasil é uma atividade ainda confusa, desordenada, impulsionada, quase que exclusivamente, pela oportunidade mercadológica, deixando, a rigor, de gerar os benefícios sócio-econômicos e ambientais esperados e comprometendo, não raro, o conceito e a imagem do produto ecoturístico brasileiro nos mercados interno e externo.

Deve-se destacar que o que se entende ou se define como ecoturismo ou "turismo ecológico", na realidade uma coletânea de princípios, é utilizado de forma generalizada e inescrupulosa como forma de promover viagens, transformando-o em segmento turístico, assim como o turismo rural, esportivo, etc. Esse é um ponto de vista destorcido, com visão comercial e "ecoportunista" que deve ser evitado

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

PRINCÍPIOS DO TURISMO SUSTENTÁVEL


O desenvolvimento do turismo sustentável pode satisfazer as necessidades econômicas, sociais e estéticas mantendo, simultaneamente a integridade cultural e ecológica. Pode ser benéfico para os anfitriões e para os visitantes enquanto protege e melhora a mesma oportunidade para o futuro. Estas são as boas noticias. Contudo, o desenvolvimento do turismo sustentável tambémenvolve a tomada de medidas políticas vigorosas baseadas em trocas complexas a nível social, econômico e ambiental. Requer uma visão que abranja um maior tempo e espaço do que aquele que é tradicionalmente usado ao planejar e tomar decisões relacionadas com a comunidade. O organizador local pode utilizar o seguinte princípios como orientação para incorporar esta visão mais abrangente nas políticas e praticas locais.

O planejamento, desenvolvimento e operação do turismo devem ser parte de estratégias de conservação ou de desenvolvimento sustentável para uma região, província (estado) ou nação. O planejamento, o desenvolvimento e a operação do turismo devem ser inter-setorial e integrado, envolvendo varias organizações governamentais, empresas privadas, grupos de cidadãos e indivíduos, permitindo deste modo obter o maior numero possível de benefícios.

As organizações, empresas, grupos e indivíduos devem seguir princípios éticos e outros que respeitam a cultura e o ambiente da área anfitriã, o modo de vida a nível econômico e tradicional, a comunidade e o comportamento tradicional, os padrões de liderança e política.

OS NOVOS PARADIGMAS: ECOTURISMO E TURISMO SUSTENTAVEL

Para reduzir os efeitos nefastos do turismo, surgiu o conceito do ecoturismo, que pode ser definido como: "Viagem responsável para áreas naturais que conserva o meio ambiente e sustenta o bem-estar das populações locais" (International Ecotourism Society, Vermont/EUA). Este segmento do turismo cresce 20% ao ano. No entanto, um problema do ecoturismo está na própria definição: Qualquer atividade em cenário natural pode ser chamada de ecoturismo. Isto leva ao surgimento de um verdadeiro “ecoturismo de massa”, que enfrenta os problemas convencionais do turismo já descritos.

 OMT define o turismo sustentável como: “Gestão de todos os recursos de tal forma que as necessidades econômicas, sociais e estéticas possam ser satisfeitas mantendo-se, ao mesmo tempo, a integridade cultural, processos ecológicos essenciais, diversidade biológica e sistemas de suporte à vida“. Para identificar práticas de turismo sustentável, o turista ainda depende de ações voluntárias, tais como Códigos de Conduta, e programas de certificação e selos. A dificuldade destes programas é que freqüentemente são usados como simples instrumento de marketing, carecem de harmonização entre elas e muitas vezes se reduzem a um enfoque setorial.


IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS DO TURISMO

Os impactos ambientais mais graves da atividade turística são:O uso excessivo de energia,
a geração de grandes quantidades de lixo
e as emissões de gases de efeito estufa.
Nos destinos costeiros provoca a erosão do solo,
extração de areia, dragagem, aterro, a destruição de dunas, manguezais e de recifes de coral.





O turismo favorece o tráfico de animais silvestres, e a introdução de espécies exóticas. A especulação imobiliária, frequentemente precedida por atos de grilagem de terras e destinada à implementação de empreendimentos turísticos, é responsável pela expulsão de populações tradicionais em muitas comunidades. A atividade turística tem um grande impacto sobre as culturas locais, podendo causar desestruturação social, e, do ponto de vista econômica, a concentração de renda.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

O DESENVOLVIMENTO DE UMA IDEIOLOGIA A SER SEGUIDO

  Para que o Brasil possa “alargar seus horizontes” a partir da adoção de práticas do Turismo Sustentável, é necessário definir uma Ideologia que oriente as ações que o envolvem.

Uma excelente linha de pensamento para tanto é apresentada pelos Princípios do turismo Sustentável, elaborados pelo CBTS (Conselho Brasileiro de Turismo Sustentável – órgão composto por câmaras setoriais: ambiental, sociocultural e econômica):

a- RESPEITO À LEGISLAÇÃO VIGENTE O turismo deve respeitar a legislação vigente em todos os níveis no país, as convenções internacionais e os Princípios e Critérios do Turismo Sustentável.

b- DIREITOS DAS POPULAÇÕES LOCAI SO turismo deve buscar mecanismos e ações que
promovam a equidade socioeconômica, a defesa dos direitos humanos, de uso da terra e a qualidade ambiental.

c- CONSIDERAR O PATRIMÔNIO E O VALOR DAS CULTURAS LOCAI SO turismo deve reconhecer e respeitar o patrimônio histórico-cultural das regiões receptoras e ser planejado, implementado e gerenciado em harmonia às suas tradições e valores culturais

d- DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO DOS DESTINOS TURÍSTICO SO turismo deve contribuir para a geração de emprego e renda, fomentando e qualificando a capacidade local para o desenvolvimento de empreendimentos turísticos.

e- CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE NATURAL O turismo deve adotar práticas de mínimo impacto sobre o ambiente natural, de forma a contribuir para a manutenção das dinâmicas e processos naturais em seus aspectos físicos e biológicos, considerando o contexto cultural e socioeconômico existente.

f- SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE A viabilidade econômica do turismo deve considerar os custos sociais e ambientais.

g- PLANEJAMENTO E GESTÃO RESPONSÁVEL O turismo deve ser implementado com base em um processo planejado que demonstre o compromisso permanente com os princípios do turismo sustentável.

DESENVOLVIMENTOS SUSTENTÁVEL X TURISMO SUSTENTÁVEL



É impossível conceber o conceito de Turismo Sustentável sem associá-lo às tendências do Desenvolvimento Sustentável. A ideia de se desenvolver o turismo enquanto atividade responsável quanto à utilização de recursos, acompanha a linha de pensamento do Desenvolvimento Sustentável, que foi definido pela CMMAD (Comissão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento), em 1987, como: “um processo de transformação, no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação da evolução tecnológica e mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas”. Partiu-se da análise de que o turismo está principalmente relacionado, a exploração dos recursos, uma vez que a atividade turística utiliza-se de todos os tipos de recursos existentes na localidade(naturais, artificiais, sociais, culturais, históricos, econômicos, e políticos) para que juntos, constituam o produto turístico a ser ofertado.
De acordo com IGNARRA(1999, p.115), “O Desenvolvimento Sustentável representa um novo direcionamento da atividade e, consequentemente, um grande desafio para os órgãos responsáveis pela preservação ambiental e pelo turismo nos países com recursos naturais consideráveis”.

Não há uma definição completamente aceita de turismo Sustentável, no entanto, alguns princípios para sua existência podem ser ressaltados como a adoção de formas de Turismo que satisfaçam as necessidades dos turistas tanto quanto da indústria do turismo e das comunidades locais sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades e o Turismo Sustentável envolve a colaboração de todas as esferas da sociedade: ógãos governamentais, grupos de pressão(ambientalistas, por exemplo), mídia, especialistas e estudiosos, Ongs e entidades filantrópicas, os próprios turistas, a indústria do turismo e a comunidade local.Considerando o Turismo Sustentável como “afluente” do Desenvolvimento Sustentável, a questão a ser discutida deve ser como os atrativos (recursos) devem ser utilizados, considerando que a visitação constitui em si, a principal fonte de impactos e de degradação do meio.