terça-feira, 17 de dezembro de 2013

SINTO SUA FALTA


A lembrança do teu sorriso me fortalece a cada amanhecer
O calor do teu abraço me aquece na madrugada fria
O cheiro do teu corpo a alimenta a lembrança e me faz superar a saudade que sinto de você.

A LENDA DOS ÍNDIOS SIOUX

Conta uma lenda dos índios Sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:

Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Há uma coisa a fazer, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia com apenas uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!

Os jovens abraçaram-se com ternura e logo partiram para cumprir a missão. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. O velho tirou-as do saco e constatou que eram verdadeiramente os formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.

- E agora, o que faremos? Os jovens perguntaram.

- Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.

Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade de vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar. Então o velho disse:

- Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados.

Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizade e profissionais. Respeite o direito das pessoas de voar rumo ao sonho delas.

A lição principal é saber que somente as pessoas livres serão capazes de amá-lo como você quer e merece. Respeite também as suas vontades e voe em direção às realizações da sua vida. Tenho certeza que, ao ser livre, você encontrará pessoas felizes que adorarão voar ao seu lado.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

MEU AMOR

Conta as horas pra você chegar e queria muito desligar o relógio do tempo quando estas a meu lado, cada dia é uma eternidade longe você.
Não podemos imaginar qual será nosso destino,
Sinto saudades do cheiro da tua pele,
Sinto saudades do teu abraço, do teu beijo ao amanhecer
Quando a noite chega a saudade aumenta e meu coração fica mais apertado de saudades de você.
 
 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MEU AMOR SAUDADES DE VOCÊ

Queria hoje deitar em teu colo, sentir teus braços em volta a meu corpo me aquecendo me protegendo, pois quando estas comigo sinto-me protegida.
Queira hoje sentir o calor da tua boca, sentindo o gosto da tua paixão e o sabor do teu desejo.
Só hoje, justamente hoje queria sentir teu coração acelerado, sentir tua mão acariciando meu corpo com toda delicadeza que tens ao me tocar.
Hoje queria muito ouvir você me chamando de tola e eu realmente ficando toda tola ao ouvir tua voz.
Saudades dos teus beijos meu amor.

GANHANDO E PERDENDO

Tanto a perder, eu aprendi a ganhar. 
Ambos chorando eu desenhava este sorriso. 
Eu sei os dois no chão que só olhar para o céu. 
Joguei muitas vezes fundo sempre que baixo, já sei que amanhã eu vou carregar... Espanta-me então, como está sendo o ser humano, aprendi a ser eu mesma. 
Eu tinha que sentir a solidão para aprender a se juntar a mim...
Tentei ajudar os outros, aprendi a esperar que ele me pediu ajuda muitas vezes.
Eu faço apenas o necessário, a melhor maneira que eu e os outros que fazem o que querem. 
Eu vi tantas lebres correndo sem sentido que eu aprendi a ser tartaruga e apreciar o caminho.
AUTO/Desconhecido/foto Bel

MEU AMOR

Você apareceu na minha vida de uma forma inesperada, como quem não queria nada foi chegado e hoje ocupou de espaço especial em minha vida.
Desde o dia que te conheci, minha vida mudou passei a dar mais valor a simplicidade humana e superar muitos preconceitos, meus dias ficaram mais alegre, ganhou cor, você me mostrou e vem mostrando o caminho da verdadeira felicidade, um caminho onde as dificuldades não existem, onde tudo se torna mais simples e melhor de se viver.

SINTO SUA FALTA


Estou sentindo tua falta a cada instante
Sinto saudade do teu bom dia do teu boa noite
Sentindo profundamente saudades do teu cheiro ao acordar
Do teus braços me aquecendo nas noite de frio,
Do teu beijo ao amanhecer me dizendo "bom dia meu amor"
Sentindo saudades da tua voz, do teu sorriso.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

DESCULPAS



Te olho nos olhos e você reclama...
Que te olho muito profundamente.
Desculpa, Tudo que vivi foi muito  profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,

Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa... Desculpa se te olho profundamente,  rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços. A ponto de ver a estrada... Onde ficam seus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando
profundamente."

QUANDO AMAMOS ALGUÉM...

Quando amamos alguém de verdade,
Lembramos dessa pessoa a cada instante, queremos ficar junto a ela, sempre...
Seu rosto e seu sorriso nos vem a mente do nada, mostrando a saudade que você tem dela ao estar longe ou afastada...
Todas as suas ações são únicas e exclusivamente para ela...
Não importando com o que os outros vão pensar.
Quando amamos alguém...
Essa pessoa não possui defeitos aos seus olhos...
Mas sim qualidades que não são vistas pelos outros.
Quando amamos alguém...
Queremos ficar na hora de partir e partir para apenas ficar ao lado dessa pessoa.
Quando amamos alguém...
Deixamos que ela se torne o ser mais importante em nossa vida...
Você impõe que a felicidade dessa pessoa esteja acima de tudo e de todos...
E somente se importa com ela...
Muitas vezes deixando de lado até você mesmo apenas para fazer essa pessoa feliz.
Isso tudo porque simplesmente amamos alguém.
 
 
JussillierR. Coelho

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SAUDADES DE VOCÊ MEU AMOR

 
Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções como as paixões
E as palavras
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo ou se sou agua
 Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
Que tudo que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar, meu grande amor
Me reconheça

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

 
Cubra-me com seu manto de amor
Guarda-me na paz desse olhar
Cura-me as feridas e a dor me faz suportar
Que as pedras do meu caminho
Meus pés suportem pisar
Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar
Se ficaram mágoas em mim
Mãe tira do meu coração
E aqueles que eu fiz sofrer, peço perdão
Se eu curvar meu corpo na dor
Me alivia o peso da cruz
Interceda por mim minha Mãe, junto a Jesus
Nossa Senhora, me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Nossa Senhora, me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim
Sempre que o meu pranto rolar
Ponha sobre mim suas mãos
Aumenta minha fé e acalma o meu coração
Grande é a procissão a pedir
A misericórdia, o perdão
A cura do corpo e pra alma, a salvação
Pobres pecadores, oh Mãe
Tão necessitados de Vós
Santa Mãe de Deus, tem piedade de nós
De joelhos aos Vossos pés
Estendei a nós Vossas mãos
Rogai por todos, nós Vossos filhos, meus irmãos
Nossa Senhora, me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim
 
Roberto Carlos

UMA LIÇÃO DIÁRIA


· Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria.
· Decore seu poema favorito.
· Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto você queira.
· Quando disser "Eu te amo" olhe as pessoas n...
os olhos.

· Acredite em amor à primeira vista.
· Ame profundamente e com paixão.· Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
· Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
· Não julgue as pessoas pelo seus parentes.
· Fale devagar mas pense com rapidez.
· Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: "Porque você quer saber?".
· Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
· Ligue para sua mãe.
· Diga "saúde" quando alguém espirrar.
· Quando você se deu conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
· Lembre-se dos três Rs: Respeito por si próprio, respeito ao próximo e responsabilidade pelas ações.· Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
· Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver cha
mando ouvirá isso em sua voz.
· Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
· Passe mais tempo sozinho.
· Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.
· Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
· Leia mais livros e assista menos TV.
· Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-la mais uma vez.
· Confie em Deus, mas tranque o carro.
· Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
· Em desentendimento com entes queridos, enfoque a situação atual.
· Não fale do passado.
· Leia o que está nas entrelinhas.
· Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
· Reze. Há um poder incomensurável nisso.· Nunca interrompa enquanto estiver sendo elogiado.
· Cuide da sua própria vida.
· Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
· Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
· Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros, enquanto você for vivo. Esta é a maior satisfação de riqueza.
· Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
· Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.
· Lembre-se de que seu caráter é seu destino.
· Usufrua o amor e a culinária com abandono total.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

NÃO DEVIA

Não devia te contar.
Se você guardar segredo,
Eu revelo este meu medo
De não saber amar.

Não devia te amar,
Mas se você guardar meu medo,
Eu revelo este segredo
Que não sei contar.
   Martha Medeirosfoto: Internety

ACORDEI SENTINDO TUA FALTA

Hoje acordei com muita vontade de ficar deitada em teu colo, sentir teu abraço quente e forte, Com vontade de sentir teu coração pulsar,
Acordei sentido teu cheiro delicioso e suave,
Quando acordei senti o gosto do teu beijo, o calor da tua mão me acariciando. 
Quando me dei conta que era a minha saudade que era muito grande e já tinha ficado muito tempo longe do teu olhar.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

DEIXE A RAIVA SECAR


“Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
 
Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia então pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial. Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: “Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?

Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mãe, com muito carinho ponderou: “Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa”? Ao chegar a casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra o que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa.

Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando: “Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.”
“Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou.” E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro. Nunca tome qualquer atitude com raiva. A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são. Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta.
Diante de uma situação difícil, lembre-se sempre: Deixe a raiva secar.”
Vivemos em intensa correria buscando dar conta do nosso dia-a-dia tão atribulado. Muitas vezes temos reações que nos causam espanto, os momentos de raiva são um exemplo disso. Temos que estar atentos, pois apesar das pedras do caminho e das lutas muito grandes, a vida é muito preciosa para ser vivida de qualquer modo, deixando com que os mais diversos sentimentos menos nobres nos visitem no cotidiano, nos irritando, nos enraivecendo, nos desanimando e nos obrigando a ver o mundo com as lentes do desânimo, da tristeza, da irritação, da depressão, da raiva…
 
Por bethlandim,

AMOR




Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito.

MEU AMOR UNICO


"Por que fingir quando nós gostamos?
 Quando a atração é forte e tentamos disfarçar nos traímos, como o céu nublado que anuncia a tempestade.”

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

DEUS SABE DO QUE PRECISAMOS

Nos pequenos detalhes que a gente percebe o quanto se é importante na vida de alguém. Obrigada por estar ao meu lado quando eu mais preciso de alguém.
 
Longe de casa, da família, dos amigos, das pessoas que ajudaram a ser o que sou hoje, você tem sido um amigo, irmão, companheiro, tem cuidado e se preocupado comigo, aguentado as minhas TPM's, tem enxugado as minhas lagrimas de dores, de saudades,  de frustações.
 
Obrigada por Deus ter colocado você em minha vida.

A ZONA DA AMIZADE

Amizade não deveria ser prêmio de consolação para quem não consegue sexo ou romance, mas muitas vezes é. As pessoas se aproximam escondendo seus sentimentos – para não serem rejeitadas – e depois não sabem como colocá-los na mesa sem que pareçam ridículos ou descabidos. Viram amigos da pessoa que desejam, mas cheias de expectativas irrealizadas. Em termos afetivos, isso deve dever ser pior do que não ter relação nenhuma. Certamente é mais doloroso.
Tenho impressão que esse tipo de coisa acontece sempre com o mesmo tipo de pessoa. Ela não é inteiramente tímida, mas tampouco é segura o suficiente para expressar seus sentimentos com clareza. Para esse tipo de personalidade, seja homem ou mulher, a sedução pela amizade parece sempre uma boa solução. Ela oferece um jeito sem riscos de se aproximar e ganhar a intimidade do outro. O problema com essa sedução enviesada é que ela acaba sempre no mesmo impasse: como transformar o aconchego daquela amizade na tensão emocional que desemboca no sexo?

Muita gente não sabe o que é esse tipo de problema. São pessoas que têm o talento de se aproximar deixando claras suas intenções. Nem sempre são bem recebidas, mas ao menos não há equívoco. Todo mundo sabe o que está rolando e para onde aquilo conduz. É direto e excitante. Não se trata de uma abordagem inofensiva e nem pode ser confundida com amizade. Mas ela sempre traz para quem toma a iniciativa o risco de fazer papel de bobo. É um risco que certos egos estão dispostos a correr. Outros não.
 
Nem todo mundo sabe chegar chegando, sem parecer escroto ou piriguete. A maioria de nós começa a conversa como pode, nos limites da situação e da personalidade. Só mais tarde, lá na frente, vai perceber que pegou o caminho errado, aquele que conduz a um lugar subjetivo que o meu amigo Xandão – um homem sensível de 1,90m de altura e ombros de remador – chama de zona da amizade.
Sair da zona da amizade e entrar na zona do romance não é fácil. Demanda sorte. O outro tem que embarcar no mesmo sentimento. Em algum momento, a percepção sobre quem está ao lado precisa mudar – e é melhor que não aconteça às 3 horas da manhã, quando todo mundo está bêbado. Romances de madrugada entre amigos costumam trazer mais constrangimento que felicidade.

Melhor é começar direito, mesmo que seja difícil.

Quem está encantado pela outra pessoa, tem de deixar claro. Não pode ser grosseiro, não precisa ser vulgar, mas não se deve esconder os sentimentos. Como? Sei lá, mas evite baixar os olhos, sustente o sorriso, converse. Conversar não é o oposto de beijar ou transar, é uma preparação para isso tudo. Nem precisa ser uma conversa especial, eu acho. Quando a atração existe, ela permeia qualquer papo. Aos poucos, o ritmo da fala vai mudando e os corpos se aproximam. Pode não acontecer tudo hoje, mas uma hora acontece – se houver reciprocidade.
Quando ela não existe, melhor perceber logo e tomar, sinceramente, uma de duas atitudes possíveis: cair fora ou virar amigo. Mas amigo mesmo, desses que botam na cama PARA DORMIR a amiga linda e bêbada. Dessas que não se incomodam em ouvir o cara chorando por causa daquela desgraçada que trocou ele por outro. Essas amizades são lindas. Eu acredito sinceramente que elas existem. Mas deveriam ser claras e simples. Tão claras e tão simples quanto possível à complexa e obscura personalidade humana. 

(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

DAR É UM VERBO BONITO

Eu teria uns seis anos de idade quando tive contato, pela primeira vez, com o significado misterioso do verbo “dar”. A casa cheia, escuto uma discussão em voz alta na sala e me aproximo. Uma das moças afirma, em tom de desafio: “Dou para ele, sim, e você não tem nada a ver com isso”! A mãe grita escandalizada, o pai manda que a filha cale a boca. No breve silêncio que se segue, eu pergunto a todos e a ninguém: “O que ela deu que está todo mundo bravo?” Grande erro. Os adultos se voltam para mim com ar de fúria e berram para que eu saia dali. Cai a cortina.

Nem gosto de pensar quão velha é essa cena, mas, desde então, ficou claro para mim que “dar” não era um verbo corriqueiro. Havia nele um significado latente, carregado de censura e de silêncio, que o tornava irresistível. Mesmo hoje, tanto tempo depois, quando a compreensão e o uso banalizaram o sentido erótico de “dar”, a palavra ainda me parece fascinante. Há tantas maneiras de falar do ato sexual quanto são as línguas humanas, mas eu sinto que nós achamos um verbo bonito para tratar do assunto.

Pensem comigo: dar indica um ato autônomo de vontade. Quem dá não é roubado, quem dá não é forçado, que dá escolhe dar. Oferece ou atende a um pedido. A mim parece bonito que numa sociedade machista e historicamente repressora como a nossa tenhamos escolhido este verbo delicado para explicar o que faz a mulher que consente no sexo. Ela dá - como se desse um presente, um beijo ou um conselho. Entrega algo que é dela. Entrega-se. Há despojamento nesse verbo, doação. Quem dá, afinal, não vende nem troca. Transfere ou partilha graciosamente. Como um gesto de amor ou de luxúria, mas essencialmente dadivoso.

Não quero esticar demais o argumento, mas me parece que, neste caso, existe uma conexão entre o que se fala e o que se faz.
 
Há na cultura feminina brasileira uma doçura que se reflete no sexo, assim como na palavra que se usa para descrevê-lo. Outras culturas são mais encanadas, problematizam, complicam. Ao final, dificultam. Na nossa ainda é simples. As mulheres dão por paixão, ou por tesão, até por pena. Dão por interesse também, claro. Mas, em qualquer circunstância, o fazem com um grau de entrega que não se acha facilmente por aí. É um fenômeno emocional e cultural, não uma habilidade física. A moça se põe de joelhos para agradar o parceiro porque isso a faz feliz – sem culpa, sem ressentimento, talvez com alguma vergonha, que logo passa.

Sempre que penso nessas coisas, lembro da história que um amigo me contou.

O americano que morou uma década no Brasil volta à cidade dele com a linda mulher brasileira. Quando ela aparece na piscina do clube é um escândalo, pelas curvas e pelo biquíni minimalista. Superado o choque mútuo, num dia de churrasco os amigos dele, meio altos, se atrevem a perguntar se, afinal, as brasileiras são na cama isso tudo que dizem. O gringo abrasileirado respira fundo e responde: “Depois de transar com uma brasileira, vocês vão querer atirar pedras nas mulheres de vocês”.

É claro que há nessa história um bocado de ironia, mas quanto?
Para escrever esta coluna, andei conversando com amigas estrangeiras que vivem ou viveram no Brasil, tentando comparar os diferentes verbos que se usam para o sexo. Não há nada parecido com esse “dar” brasileiro em italiano, francês ou inglês. Em espanhol tampouco. Mais do que isso, não há a mesma mentalidade. Uma das moças com quem eu conversei, já de volta ao país dela, me contou que o verbo “dar” a incomodava. Achava pejorativo. Se eu entendi bem, ela sentia que a palavra transferia toda a responsabilidade do sexo para a mulher. Ela preferia “transar”, que lhe parecia uma expressão mais igualitária. Tipo assim: eu não dou, a gente transa. Faz sentido, mas ela mesma acha que isso “é coisa de francesa”. Talvez seja.

Da minha parte, acho que as palavras raramente são acidentais. Sobretudo em áreas essenciais da experiência humana. De alguma forma, elas traduzem o que as pessoas sentem – ou, pelo uso, nos fazem sentir as coisas de certa maneira. No longo prazo, dá na mesma. Por isso eu gosto do verbo “dar”. Acho que ele reflete a generosidade e a simplicidade de certos sentimentos como eles são vividos no Brasil. É um verbo feminista, ademais. Ele dá poder às mulheres. Coloca-as como sujeito do sexo. Elas não são catadas, derrubadas ou pegas passivamente. Os homens “comem” (vejam que verbozinho egoísta...), mas apenas o que as mulheres lhe dão. Tem poder nisso aí, além de alguma rude poesia.
  

(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

É FÁCIL LEVAR JESUS NO PEITO

“É fácil levar Jesus no peito; difícil é ter peito, coragem para seguir Jesus”.

Entrevista com Pedro Casaldáliga
Há pessoas que atraem mesmo de longe, porque são lampejos de esperança em um mundo mercantilizado e em uma Igreja que tenta sair do inverno. Uma dessas pessoas é Pedro Casaldáliga, profeta envolto em poesia, cujas palavras sobre a sinodalidade, o papel da mulher, a colegialidade, a corresponsabilidade, a alegria, ditas em abril, parecem ter sido ouvidas por Francisco.


Em seus olhos penetrantes e coração grande que se exterioriza em braços compridos e mãos expressivas que parecem desprender-se do seu corpo pequeno. O irmão Parkinson mantém-no preso em casa, mas as numerosas visitas e os abundantes correios, sempre respondidos, mantêm o seu coração cheio de nomes e vida.
Saímos ao seu encontro, de Santander, Ernesto Bustio, padre caminhante de múltiplos caminhos e acolhedor de peregrinos, e eu. Em Madri nos uniríamos a José Centeno, padre casado que não cansou de percorrer e abrir sulcos com sementes de compromisso social e eclesial. Também nos esperava no aeroporto, para viajar conosco, Maximino Cerezo (Mino), claretiano assim como Casaldáliga e amigo seu desde os tempos de juventude. O Concílio Vaticano II empurrou-os para a América Latina como missionários claretianos. Um, depois, viria a ser bispo no Mato Grosso, na Prelazia de São Félix, e o outro faria um grande trabalho de conscientização como pintor (é conhecido como o pintor da libertação) enchendo de murais diversas catedrais e Igrejas do Brasil, Nicarágua, Bolívia e outros países latino-americanos. Casaldáliga, impregnado de um Jesus Salvador que ilumina sua pastoral libertadora, e Cerezo, plasmando, em belas pinturas, caminhos de libertação (...).
Dali nos dirigimos à casa onde mora Pedro com a pequena comunidade de agostinianos: Paulinho, José Luis, agostiniano da Bolívia, e Joan, estudante de teologia que está fazendo uma parada no caminho, um tempo de pastoral e cuidando de Casaldáliga. Funde-se em um abraço terno e acolhedor com cada um de nós. Mostra-se com o encanto do ancião cheio de bondade que desfruta dos seus. Nem sequer o Parkinson tirou-lhe a força dos seus braços (...).
Com o barulho de galos ao fundo e o canto dos pássaros começamos a entrevista.
A entrevista é de Avelino Seco e publicada no sítio espanhol Religión Digital, 07-10-2013. A tradução é de André Langer.
Eis a entrevista.
Gostaríamos que nos falasse das Comunidades Eclesiais de Base: o que são e que papel elas têm na renovação da Igreja.
Começam pela base, do povo e são a base da Igreja. Nós dizemos no Brasil que se trata de um novo modo de ser Igreja e eu acrescento: de um novo modo de toda a Igreja ser. O bispo Leonardo [Ulrich Steiner] alarmou-se um pouco. Pedro, me disse ele, isso é uma ilusão. Seria o modo de ser da Igreja: comunitário, fiel, unindo a fé à vida, com a Bíblia nas mãos do povo, com capacidade de diálogo, tendo em conta o ecumenismo; sempre dissemos que isso acontecerá com o diálogo do povo com a cultura. Agora o desafio é a convivência; a convivência é o desafio em todos os campos: na família, na vizinhança, no trabalho, na comunidade eclesial. A convivência é o grande desafio. Os índios Minky dizem que “viver é conviver”. A convivência supõe que nos situemos na Igreja em uma atitude de igualdade; de igual para igual com as outras Igrejas, com as outras religiões, com as outras espiritualidades, com a humanidade. Devemos partir dessa visão macroecumênica, em vez de partir de uma atitude fechada sobre si mesma; partir de uma visão aberta em comunhão com todos os outros movimentos, espiritualidades e religiões. Devemos explicitar a nossa fé não como impondo uma superioridade, mas contribuindo com a história concreta de Jesus de Nazaré.
Na Espanha, as comunidades de base não são majoritárias; são grupos reduzidos com uma consciência especial, com uma consciência crítica, utópica e transformadora; a paróquia é outra coisa. Que papel pode ter a paróquia? Seria o ideal se toda ela fosse comunidade?
Deveria ser toda ela comunidade. Eu digo que não se trata de discutir se são tantas ou tantas; trata-se de que tudo seja comunidade; gosto de falar de comunitariedade, que tudo seja comunitário, desde o Papa, que tudo seja participativo, que, desde a própria situação de cada um, tudo seja contribuição para o conjunto. As paróquias como paróquia não têm futuro. Nestes dias a CNBB está discutindo sobre “Comunidade de Comunidades, uma nova Paróquia”. Está comprovado que a paróquia como tal se transforma em burocracia e não estimula a participação real; entende-se, por outro lado, que seja necessário uma referência jurídica, diríamos canônica. Que sejam grupos pequenos faz parte da condição de semente, fermento, sal. Eu creio que já se superou a fase mais raivosa da relação entre comunidades e bispos; aprendemos a conviver; ainda falta muito, mas já há menos episcopalitis aguda. Se o bispo ou o padre não nos aceita, pois muito bem, não vamos nos perder por isso. A indignação há de ser uma indignação esperançada; do contrário, estamos vomitando bílis por todos os lados e não temos nada de boa notícia. O cristianismo é algo mais, não se trata de viver a vida amargurada, fiscalizada.
Os chamados Novos Movimentos na Igreja chamam-se comunidades. Qual seria a falha fundamental destes novos movimentos na questão de ser comunidade? E outra questão ainda: é possível ser comunidade cristã apolítica?

Não pode haver fé cristã sem encarnação; encarnação é o mistério da entrada de Deus, em cheio, na nossa humanidade por meio de Jesus de Nazaré, e isso supõe que assumamos os desafios do cotidiano. Tudo é política, embora a política não seja tudo. Jesus disse que veio para que todos tivessem vida e a tivessem em abundância. Se não me preocupo com a terra, a saúde, a educação, as comunicações, inclusive com as férias para descansar, não estou me preocupando com a vida humana. A vida no outro mundo é um assunto de Deus, que Ele resolverá muito bem, porque ali haverá vida e vida em abundância para todos. A nós cabe melhorar a vida e universalizar a vida aqui, neste mundo. E se a Igreja, o Papa, os bispos, os sacerdotes, as freiras e todos aqueles que querem ser seguidores de Jesus não fazem política, não impulsionam as consequências sociais, políticas e econômicas que a fé tem, que testemunho de amor dão?
Você antes fazia uma distinção entre comunitariedade e comunidade.
É uma atitude de participação, de corresponsabilidade, que o Papa seja o bispo de Roma, que os bispos participem realmente da colegialidade que agora não existe, corresponsabilidade de todos e todas. Uma atitude comunitária na própria família, no trabalho; um pároco não deveria decidir nada por si só, assim como um pai de família.
Atualmente, todos os conselhos de pastoral, ao menos na Espanha, são apenas consultivos. Há leigos que se aborrecem e dizem: “eu, para dar uma palavra e depois não entrar nas decisões finais, prefiro não entrar no tiroteio”.
E têm toda a razão. Os Sínodos são um fracasso; o próprio cardeal Arns, que foi arcebispo de São Paulo, e que participava dos Sínodos, nos disse em uma assembleia dos bispos do Brasil, que o Sínodo é um fracasso por ser apenas consultivo; os bispos falam e depois a Cúria ajeita tudo ao seu modo e aparece, depois de dois ou três anos, um documento assinado pelo Papa que sequer lemos. Não é participativo e é extemporâneo. Quando, agora, se está pedindo a reforma da cúria muitos insistem neste aspecto: que os sínodos sejam de participação, de colegialidade, de corresponsabilidade.
O problema que temos, aponta José Centeno, é que as comunidades na Espanha são todas de pessoas de idade e não há jovens. Entram poucos jovens, e nos dizem: não sabemos, não lhes damos espaço...?
Trata-se de ser compreensivos com eles, devemos reconhecer que estão vivendo um processo pessoal e de grupo que antes não se imaginava; toda a problemática sexual antes era vivida clandestinamente, agora com a porta escancarada; discute-se hoje a autoridade paterna; o pai e a mãe, os formadores, não podem sentir-se decepcionados; devem estimular a crítica, a indignação, mas dando testemunho e agindo eles, também, em família de uma maneira participativa.
Há grupos de jovens, continua Centeno, eu tenho dois filhos de 36 e 34 anos, que estiveram na JEC, participaram de grupos reivindicativos da universidade, de várias associações, sempre foram muito participativos em grupos de solidariedade, em movimentos feministas, junto com outros jovens em Valladolid, muitos deles sem trabalho. São um grupo muito interessante, mas do ponto de vista religioso e da fé estão afastados; não praticam, mas estão abertos, não têm inconveniente em participar com comunidades de cristãos ou na Justiça e Paz ou dos Círculos de Silêncio. No entanto, veem a Igreja como duas Igrejas: a oficial, com todas as conotações negativas que tem na Espanha, e, por outro lado, as pessoas cristãs, que estão, estamos, colaborando em tudo, adultos e jovens; mas formar uma comunidade cristã com eles é mais complicado.
Que participem de tudo o que seja justiça e paz. Pode-se pedir a eles, também, um pouco de compreensão, porque, às vezes, uma atitude radicalmente negativa pode chegar a ser quase infantil. Não se trata de fazer igrejas paralelas; mas trata-se de poder viver a fé paralelamente com celebrações, com gestos de solidariedade, com atitudes de respeito.
O que é certo nos jovens que se formaram nos grupos cristãos de base é que Jesus continua a atraí-los.
Devemos partir daí; mas têm que vivê-lo em comunidade. É preciso convencê-los de que sem comunidade nenhuma atividade humana funciona. Não se trata de submeter-se à paróquia. Pode-se viver paralelamente e de vez em quando dar uma contribuição e um tempo à comunidade cristã onde vivem ou se sentem próximos. Que não deem excessiva importância ao sacerdote, que tentem viver sua fé comunitariamente entre iguais. A organização eclesial não deve ser um impedimento insuperável para viver a fé em Jesus comunitariamente
Eu estou de acordo com o que você disse. É verdade que simplesmente admirar Jesus, se não se vive comunitariamente, apresenta um déficit muito forte. Mas, como superar a imagem negativa que a Igreja tem?
Está melhor hoje, a Igreja está melhor hoje que ontem. Inclusive entre os bispos conservadores há uma tolerância à juventude. Os que condenam a Teologia da Libertação ficam à margem. Alguns dos candidatos a Papa disseram várias vezes que a Teologia da Libertação morreu. Nunca me deram o atestado de óbito. Não devemos nos amargurar; devemos dar uma contribuição de paz e esperança; uma esperança contra toda esperança, que é a nossa, uma Esperança Pascal, que passa pela cruz, mas é uma esperança invencível. Eu sempre cito aquelas palavras de um soldado espanhol: “Quem disse medo havendo hospitais?” Se fosse mais otimista diria: Quem disse medo havendo Páscoa? Somos o povo da esperança, o povo da Páscoa; a nossa fé cristã é esperança, é confiança. Esperança confiada no Deus da vida, do amor, da liberdade, da paz, em seu Reino.
Partindo do fato de que Deus fala através dos fatos, da história e que os fatos são teimosos, o que nos quer dizer neste momento com a falta de vocações ao sacerdócio, pelo menos na Europa?
Aqui ainda há algumas vocações. É preciso revisar toda a questão dos ministérios, do Papa até o último cristão. O sacerdócio célibe deverá ser uma opção, a mulher deverá ter todo o direito. É dramático e ridículo que se queira argumentar com o Evangelho para impedir à mulher a participação plena. Não foi Jesus quem disse que deviam ser doze homens, há situações culturais que afetam hoje a Igreja. A humanidade foi muito machista e assim continua. Quase todas as culturas são machistas.
Há um teólogo espanhol, não sei se conhece, Martínez Gordo, que diz que um dos males fundamentais da Igreja é a marcada divisão sacerdotes-leigos.
Devemos insistir na Igreja ministerial. Fez-se do ministério a essência da lei cristã quando o ministério é apenas um serviço. O batismo, a inserção na comunidade de Jesus, isso é a Igreja. Tudo o que agora estamos reclamando mudaria e que parece impossível realizar-se; mudaria com relação à mulher, com relação à divisão sacerdote-leigo, com relação à visão da sexualidade, com relação ao diálogo ecumênico. Em parte já está mudando.
Pelo que conhece do novo Papa e da América Latina, acredita que será capaz de romper com a cúria ou de organizar de forma diferente o governo da Igreja?
Não será fácil, não devemos criar a expectativa de que desmonte toda a cúria, mas está introduzindo cunhas; a nomeação do superior geral dos franciscanos para o dicastério da vida religiosa me parece um passo, é um recado que passa; caso se meter em outros cargos fortes da cúria em uma linha assim já vamos ver o que pode acontecer. É necessário fazer a transição de uma época integrista, autoritária, de ter toda a verdade, para uma época de diálogo. Atualmente, para muitos, é fundamental que se equiparem todas as religiões.
É muito importante não apenas o ecumenismo entre cristãos, mas o diálogo com todas as religiões. Mas há um certo medo de diluir-se por parte dos responsáveis hierárquicos.
Essa foi uma angústia de Bento XVI, um medo de que durante o seu mandato a Igreja se diluísse. O diálogo inter-religioso supõe uma certa coragem para superar a atitude de teologar com certa naturalidade dizendo que “fora da Igreja não há salvação”; agora, de repente, nos dizem que há salvação em todas as partes. Eu digo que só a Igreja é Igreja quando salva, quando anuncia a Boa Nova, quando estimula a participação fraterna. O mundo é plural, Deus é maior que todas as religiões. É evidente que devemos saber conjugar uma atitude de diálogo aberto com uma atitude de liberdade na própria identidade; não se trata de ser católicos envergonhados, mas de viver com naturalidade e elegância a própria fé. Só há diálogo com uma atitude adulta contribuindo com sua identidade para a identidade dos outros.
Você continua estando muito a par na teologia; que teólogos espanhóis acompanha, lê mais?
González Faus, Queiruga...
Queiruga é nosso amigo, estudou conosco.
É uma grande figura, um dos melhores teólogos espanhóis. Teve a sorte de ter dois bispos amigos, e por isso não o condenaram abertamente. Creio que eram companheiros de estudos e que o apoiavam; também ele é muito galego e sabe dizer as coisas.
Além disso, é um homem de Deus, o que é muito importante.
Isso é preciso dizer à juventude: que é preciso rezar, que é preciso viver em contemplação. É preciso agradecer àqueles que nos recordaram a importância do Espírito que habita em nós, o Espírito com duas asas, a asa da contemplação e a asa do impulso para a vida.
Houve uma época, os primeiros anos da Teologia da Libertação, eram anos de revolução marxista na América Latina. A Igreja vivia amancebada com o Estado e aqueles que tinham consciência revolucionária renegavam essa Igreja. Agora, por ocasião do novo Papa, saiu por todas as partes a atitude da hierarquia argentina. Quanto custou aos bispos argentinos reconhecer que Angelelli era mártir! Quanto custou reconhecer que foi o Exército que o matou! Houve alguns atos por ocasião do aniversário de Angelelli, na Argentina, e apenas dois bispos participaram.
Voltando a Torres Queiruga e estes poucos teólogos que não são dogmáticos, dialogam com os homens da ciência sem vontade impositiva, com o mundo moderno de mentalidade ilustrada, tentam dar razões da sua fé. Eu, continua José Centeno, depois que me aposentei, fui fazer algumas disciplinas de história na Universidade de Valladolid, sobretudo de história contemporânea, quando preparava o livro sobre padres operários. Eu via ali, no mundo dos professores, que há um descrédito em relação à Igreja, porque quando aparecem os bispos não dão razões, não são racionais, são taxativos. Na universidade não se admite esse tipo de postura.
Eles têm toda razão em não admitir essas posturas.
Quando saiu o livro, o professor me convidou para falar sobre o livro em uma aula. Meu filho trabalha em Comisiones Obreras, uma fundação de ajuda a sindicalistas do Terceiro Mundo, que tem um ateneu cultural; então meu filho me perguntou: “por que não apresentamos o livro no ateneu?” Eu falei para ele que este tema dos padres não interessava muito nesse fórum. Sim, sim, me respondeu. E acolheram muito bem, foi muita gente. Foram muitos de Comisiones, ex-militantes, ex-militantes jocistas. O que eu quero dizer é que há um afastamento apenas em parte. Às vezes, levam à universidade alguns teólogos, há pouco esteve Juan José Tamayo; mas querem pessoas que dêem razões das coisas e que não sejam taxativos. Não suportam isto no mundo da universidade.
Devemos reconhecer abertamente as falhas da Igreja, as suas inconsequências. Não podemos justificar o injustificável; mas trata-se de dizer, também, que há muita Igreja e que é honesta e consequente.
Sim, que sabem ver as coisas positivas. Com frequência, nos últimos anos, os jornalistas fazem uma distinção, falam dos missionários que estão na África e que são os últimos a abandonarem o local quando há sérios problemas. Fazem uma certa distinção, tratam como uma honrosa exceção de alguns, os de baixo.
Eles têm vontade de um diálogo de verdade. No fundo, todo o mundo é capaz de ter uma atitude lúcida. Eu vejo que aceitam que se questione tanto a crença como a descrença. Por isso dizia que estamos hoje melhor que ontem. Devemos evitar o espírito triunfalista, mas devemos evitar, também, o espírito derrotista e voltar a Jesus de Nazaré. O seguimento é a melhor definição da espiritualidade cristã, o seguimento de Jesus com a opção pelos pobres, o diálogo aberto, a solidariedade.
Em tudo o que você nos disse há algo muito claro: não há fé sem política, não há fé isolada, mas comunitária, é importante runir-se para rezar com ou sem padre. Que importância você atribui àquilo que dizia Rahner sobre o cristão do século XXI que será místico ou não será? Que importância dá à oração, a ser contemplativo?
Ganhou-se no mundo em personalismo, entendido na linha de Mounier, e esse personalismo autêntico exige interioridade, contemplação. Pode-se fazer, deve-se fazer comunitariamente, por isso devemos estimular as celebrações em pequenos grupos, devemos estimular certos movimentos. Nos perguntávamos sobre a base da Jornada Mundial da Juventude; é ambígua. Por um lado, pode-se criticar uma vontade triunfalista da Igreja, juntar todos os milhões possíveis para encher o espaço; mas há elementos positivos. O que dificulta é que temos uma Igreja que é Estado e o Papa é chefe de Estado e isso, de saída, já provoca tropeços insuperáveis. A reforma da cúria deveria implicar, como primeiro passo, no desaparecimento automático do Estado do Vaticano e o Papa deveria deixar de ser Chefe de Estado. Isto deveria ser elementar; basta pensar um pouco nas outras religiões. O que significa o fato de que por ser Chefe de Estado se coloque todo o país de pernas para o ar?
Mino Cerezo: eu não lhe pergunto, pois faço as perguntas para mim mesmo. Digo a mim mesmo que, no fundo, o problema não é crer em Jesus, mas crer como Jesus acreditou; parece-me que não entramos por aí. Para crer como Jesus acreditou é importante o tema da oração, porque Jesus acreditava pensando nos outros, rezava pensando nos outros. Subia ao monte sozinho, deixava os apóstolos, passava a noite inteira em oração, mas voltava a estar com as pessoas, a anunciar o Reino de Deus. Ou seja, colocava a oração no horizonte da práxis, e isso me parece que nos está faltando. Os jovens acreditam em Jesus, mas a minha pergunta é para eles e para nós, os velhos. Estamos acreditando como Jesus, não apenas em Jesus?
http://www.ihu.unisinos.br/
Fonte: http://bit.ly/1bbloqd

SILÊNCIO

“Sempre gostei mais do silêncio do que do barulho. Sempre gostei de estar só com pessoas queridas do que no meio da multidão. Sempre gostei mais do amor do que da paixão. Sempre gostei de fazer aquilo que quero e não o que querem que eu faça. Sempre gostei de ser eu, sem me preocupar com o pensamento dos outros. Quem gosta se aproxima, quem não gosta critica.”
 

— Caio Augusto Leite

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

MEU AMOR

Da vida, não quero muito. Quero apenas saber que tentei tudo o que quis. Tive tudo o que pude. Amei tudo o que valia. E perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu.
desconhecido

AMO - TE


"Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira."
                                                                                                                                           Pablo Neruda

RESPEITO...

 
 
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
 
Charles Chaplin

MEU AMOR



AMIZADE A GENTE CONQUISTA...

 

Feliz aniversário
Um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós capacidade de recomeçar a cada ano.
Desejo a você, um ano cheio de amor e de alegrias.
Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
Sorrir novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes.
Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus.
É ser grato, reconhecido, forte, destemido.
É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo;
Parabéns a você nesse dia tão grandioso.
 
desconhecido

http://pensador.uol.com.br/

A BELEZA DA BUCETA

pussy

Todo um pudismo desnecessário em cima de um órgão que, querendo ou não, você saiu de dentro.
Ontem circulou um post sobre uma camiseta com uma estampa “polêmica”: uma buceta peluda, menstruada e sendo masturbada. Com o acesso rápido à informação que a internet permite, logo o link estava sendo compartilhado com comentários dos mais diversos tipos.
Entre eles, algumas mulheres que mostravam nojo em relação à estampa. Achei engraçado e um pouco triste. Pra ser bem sincera, eu gostei da camiseta e usaria sem nenhum problema por alguns motivos que seguem:
1) Buceta é uma coisa linda. Todas elas. Já parou para dar um google e ver os diversos formatos que nós mulheres (e até alguns homens que viraram mulheres) carregam por aí? Pois é.
Claro que algumas são mais enrrugadas, ou grandes demais, ou pra dentro, mas até aí nenhum pau é igual e perfeito, né?
2) Menstruar é em primeiro lugar, algo biológico. Você querida mulher, não pode não menstruar (a não ser que você tome remédios para isso). É o sinal que nosso corpo está atravessando um estágio. Nossos óvulos estão em funcionamento, nosso corpo se desenvolvendo. Alguém vê algo nojento nisso?
Muitas mulheres vão dizer que “sim, é nojento” e isso é de direito de cada uma. Mas partindo do pressuposto que você se limpa diariamente e se cuida em suas relações sexuais, a menstruação não é nada mais que um fluído. Assim como a porra, olha que legal.
E tem mais: quando estamos menstruadas ficamos mais sensíveis e podemos aproveitar a TPM para nos entupir de chocolate. Só consigo ver vantagem.
3) Masturbação é uma delícia gente! Bater uma depois daquele dia estressante de trabalho então? Sem palavras.
Desde muito cedo fomos condicionadas à achar que só os homens se masturbam. Desde o seu irmão mais novo que se trancava no banheiro, até seu namorado que vê pornôs diariamente.
Somos sim, sexualmente oprimidas. Como se o prazer feminino fosse algo errado, feio, vergonhoso.
Gata, posso contar uma novidade? Mulheres se masturbam sim! Mulheres também assistem pornô e a grande maioria delas faz isso acompanhada do querido vibrador.
Se masturbar é uma ótima maneira de se conhecer, de se proporcionar prazer e mostrar ao parceiro (ou parceira) o que você mais gosta. Mais uma vez: só vejo vantagem.
4) Pêlos. O que falar de pêlos?
Há algum tempo, a sexualização da barba causou um boom de homens barbudos por aí. Barba é sinônino de trepada: “faça amor, não faça a barba”.
Eu me atraio sim por homens com barba, mas quer saber? Eu também me atraio por homens sem barba. Partindo desse pensamento, uma bucetinha peluda pode ser considerada linda também, é só mudar o ponto de vista.
Não venham me falar que pêlos pubianos não são higiênicos porque na boa, já vi muita menina depilada que era mais porca do que aquela sua vizinha hippie com pêlo embaixo do suvaco. E aposto que você também. E se você acha que ter uns pelinhos salientes vão diminuir suas trepadas, aí vai outro recado: os homens (e até mesmo algumas garotas) não se importam. Uns ou outros até gostam quando ela está lisinha, mas nunca vi relato de alguém que deixou de dar um por que “a mina estava muito peluda”. Eles normalmente nem percebem.
Que fique claro que eu também me depilo, mas também tenho meus momentos “Claudia Ohana”. Depilação para mim é puramente opcional: quando eu estou afim, tiro. Quando não, deixo cultivar. Nunca me achei nojenta ou menos mulher por estar peluda.
Já até fui pra praia com alguns pelinhos fora do lugar. Repararam mais nas tatuagens do que na minha virilha.
É claro que opinião é igual cu e é completamente aceitável que existam mulheres que prefiram se depilar, que não se permitam dar uma gozadinha e que tomam remédio para não ter que lidar com o sangramento matinal.
Mas todas essas questões fazem parte do mundo feminino. Você pode até não querer nada disso, mas ter nojo do seu próprio corpo e seus fluídos é quase como ter nojo de ser mulher.
Por isso gata, seja você depilada ou não, gorda, magra, com o suvaco peludo, com a unha roída, operada, com “capô de fusca” ou não, o primeiro passo para que camisetas como essas passem a ser usadas na rua sem causar espanto, é se aceitar. Você não é nojenta, você é linda! Aceite-se, e vista a camisa.

Literalmente ou não.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

NÃO DEIXE O ENCANTO DO AMOR ACABAR


 O amor não morre, mas, muitas vezes, ele se cansa. Ou se esconde em algum canto da alma tentando evitar o tédio que mata uma relação. Não confunda o cansaço com desapego. O amor, ama. O que desaparece é o encanto do sentimento. E a causa disso é a rotina, o fazer sempre as mesmas coisas. O fato de não haver mais mistérios ou o surpreender do outro.
O tédio está ...
matando as relações, com os mesmos carinhos e as mesmas palavras. O outro já sabe e cansa de esperar por algo que não vem. A surpresa! Aquele sentimento de não saber o que vai acontecer. Falta o inesperado. O fato de não ter mais nada a ser conquistado revela que o fim do caminho está chegando.
Tem muita gente se acomodando e priorizando outras coisas que não conquistar o mesmo alguém dia após dia. As pessoas querem se redescobrir todo dia, querem reencontrar o prazer da paixão, o susto do coração batendo forte diante de alguém, o sono perdido em sonhos intermináveis e os desejos insaciáveis.
Não é possível uma vida sem amor. Ou com um amor entediado. Se você ama, desperte o amor todo dia! Faça algo extraordinário. Loucuras boas. Não deixe o outro ficar esperando enquanto seu amor passeia sem saber o que fazer com o tempo. Reconquiste todos os dias! Reconquistar é uma tarefa mais árdua do que conquistar, pois exige um esforço muito maior. Mas faz o que existe crescer. E o que cresce todo dia, não acaba.