quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

DESCULPAS



Te olho nos olhos e você reclama...
Que te olho muito profundamente.
Desculpa, Tudo que vivi foi muito  profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,

Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa... Desculpa se te olho profundamente,  rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços. A ponto de ver a estrada... Onde ficam seus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando
profundamente."

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