quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

ESTÍMULO AO TURISMO SUSTENTÁVEL E A INCLUSÃO SOCIAL



A reciclagem – método de trazer de volta o que é jogado fora em um novo produto de consumo – pode ser um meio de promoção do turismo sustentável e, ao mesmo tempo, de estímulo à inclusão social. É o que mostra pesquisa feita pela publicitária Bibiana Stohler Sabença de Almeida, durante o curso de especialização Cultura, Turismo e Lazer, no CET/UnB.

“Quando a reciclagem é utilizada para transformar o lixo em arte, ela promove o desenvolvimento econômico das comunidades carentes, e ao mesmo tempo, atraí o turismo sustentável para a região, devido à especialidade artesanal. Dessa forma, promove pontos de venda no local e a inclusão social”, declara Bibiana. A pesquisadora também explica que “o aprendizado da arte por meio da reciclagem ajuda a melhorar a auto-estima da população de baixa renda, recuperando áreas abandonadas pelo poder público”.


Como exemplo dessa inclusão, Bibiana pesquisou o Projeto Reciclã, que tem o objetivo de promover a consciência da preservação ambiental, ensinando a reciclagem como instrumento modificador e socializador em comunidades carentes do Distrito Federal, como São Sebastião, Gama e Ceilândia - áreas marginalizadas e próximas aos lixões..

Por meio de entrevistas feitas com os idealizadores do projeto, os publicitários Nicole Monteiro e Henrique Vila Verde, a pesquisadora concluiu que a reciclagem pode tornar um caráter estratégico tanto para a comunidade quanto para o meio ambiente. Segundo os idealizadores, os participantes do Projeto Reciclã, na maioria mulheres desempregadas, obtêm suas rendas com a venda dos produtos confeccionados durante as oficinas de reciclagem.


Bibiana também constatou que, por meio da educação ambiental, ensina-se à comunidade como é feito o aproveitamento máximo dos resíduos, os processos de transformação do lixo, a reutilização de novos objetos, até o produto final para consumo e o lucro. Ela explica que a reciclagem foi uma solução surgida a partir do “excesso” de produção de resíduos originados pelo homem. Tanto que contribui positiva e gradativamente para a preservação e manutenção do meio ambiente.

Atualmente, ambientalistas, pesquisadores e estudiosos discutem sobre aquecimento global e suas implicações sobre o meio ambiente. Neste contexto, faz-se urgentemente necessário que o lixo seja reaproveitado, para que não contamine o solo e, conseqüentemente, os lençóis freáticos, nascentes, rios e lagos. 
Mas para isso, é preciso que haja mais participação do governo na adoção de políticas públicas voltadas à reciclagem, aos aterros sanitários e à educação ambiental, e também na promoção de campanhas informativas para conscientizar a população quanto à a preservação do meio ambiente e da reciclagem. No entanto, segundo o estudo feito por Bibiana, até o momento, o desenvolvimento das atividades de reciclagem do Projeto Reciclã tem sido realizado, em grande parte, pela iniciativa privada.

Pesquisa feita no curso Turismo, Cultura e Lazer mostra que a reciclagem promove o turismo sustentável e a inclusão social por meio da arte
Damares Trindade Da Assessoria de Imprensa do CET/UnB

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

DIA 02 DE MARÇO DIA DO TURISMO


Já vai longe o tempo em que o Turismo era simplesmente sinônimo de fazer excursão ou viagem de recreio a lugares interessantes.No dia do turismo, comemora-se uma atividade geradora de inúmeros serviços. Hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento são alguns setores que se beneficiam do movimento trazido pelo turismo e muitas vezes são preparados para operar exclusivamente em função deste ramo. Isto pode ser muito vantajoso, pois o turismo atrai investimentos, gera empregos e permite o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população.

Fazer turismo sempre soa como algo agradável e divertido. Pode também acrescentar-nos cultura e conhecimentos sobre lugares diferentes, com novos hábitos e costumes, ou ainda é sinônimo de aventura. Existe também o turismo de negócios e congressos, principalmente nas cidades grandes. O Brasil atende a todas estas modalidades de turismo e registra um grande crescimento relativo ao setor. Porém, além de comemorar este avanço, é preciso aprender a praticar o turismo consciente, voltado à necessidade de se preservarem os patrimônios naturais e culturais do País.
Autor: Juscelinos








DIA 05 DE MARÇO


DIA DO TURISMO




O turismo é um setor gerador de serviços em atividades como hospedagem, alimentação, transporte, entretenimento etc. De acordo com a Organização Mundial do Turismo e as Nações Unidas, define-se como turismo “as atividades praticadas pelos indivíduos durante as suas viagens e permanências em locais situados fora do seu ambiente habitual, por um período contínuo que não ultrapasse um ano, por motivos de lazer, negócios e outros”.




De acordo com a Associação Brasileira de Viagens, o turismo movimenta, no mundo, aproximadamente U$ 3,5 trilhões, representando quase 10% do PIB da terra. Segundo a Embratur, a indústria do turismo no Brasil movimenta mais de R$ 30 bilhões, o que representa algo em torno de 3,5% do PIB nacional, sendo que o turismo interno responde por, aproximadamente, 80% deste total.



No Brasil, o período de alta temporada coincide com as férias de julho e dezembro. Nesse último mês, por causa do verão, o Brasil recebe pessoas de todo o mundo, e também de outras regiões do Brasil, interessadas no calor e nas praias brasileiras.



Além do dinheiro, o turismo é uma atividade geradora de conhecimentos. Viajar é cultura, é conhecer novos meios de vida, novos hábitos e costumes e também novas comidas.
De acordo com números do IBGE, o Brasil recebeu em 2001 cerca de 4.773 milhões de estrangeiros, sendo que 28% dessas pessoas foram para o Rio de Janeiro.


Fazer turismo sempre soa como algo agradável e divertido. Pode também acrescentar-nos cultura e conhecimentos sobre lugares diferentes, com novos hábitos e costumes, ou ainda é sinônimo de aventura. Existe também o turismo de negócios e congressos, principalmente nas cidades grandes.



O Brasil atende a todas estas modalidades de turismo e registra um grande crescimento relativo ao setor. Porém, além de comemorar este avanço, é preciso aprender a praticar o turismo consciente, voltado à necessidade de se preservarem os patrimônios naturais e culturais do País.


O que é o Turismo?


Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, turismo define-se por ação ou efeito de viajar, basicamente com fins de entretenimento e eventualmente com outras finalidades, como por exemplo culturais.

Parabéns a todos os que trabalham nessa

importante área!

1º DE MARÇO DI DO TURISMO ECOLOGICO

Não se trata propriamente de uma novidade que o Turismo é uma grande indústria em todo o mundo.
O que surpreende é o crescimento do chamado Ecoturismo: 20% a cada ano. Não à toa esse segmento ganhou uma data comemorativa: 1º de março 
– Dia do Turismo Ecológico. Numa visão global, o Brasil destaca-se em relação aos demais países do mundo, com uma inigualável variedade de atrativos naturais.

Segundo dados do Instituto de Ecoturismo do Brasil, há 10 anos o segmento foi responsável pela movimentação de R$ 2,2 bilhões, saltando para R$ 3 bilhões em 1995, ou seja, um aumento de 36% em apenas um ano. 

Valores que extrapolam a média mundial de 20%, notoriamente muito superior à expansão de qualquer segmento de negócios. Estima-se que em 2005 o Ecoturismo deva movimentar US$ 10,8 bilhões no País.
Os números espelham o desejo de muitos turistas em fazer uma viagem com destino a um paraíso ecológico, cercado por muita natureza, com rios, lagos, tranqüilidade, segurança, áreas próprias para a realização de esportes radicais e passeios ecológicos.

Essa é exatamente a definição do Aguativa Resort.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

ECOTURISMO SEM COMPROMISSO SOCIAL


Definido como um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e promove o bem-estar das populações envolvidas, o ecoturismo que emerge das políticas oficiais no Estado do Pará ainda está longe do proposto, principalmente em relação ao benefício social.
Esta é uma das principais conclusões do estudo realizado pelo professor Paulo Moreira Pinto, do departamento de Turismo da UFPA. Com o título "Unidade de Conservação na Amazônia - o Ecoturismo no Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas, Pará", o estudo, orientado pela professora Lígia Simonian, será apresentado como dissertação no curso de mestrado em Serviço Social.
Especialista em ecoturismo pelo Núcleo de Meio Ambiente da UFPA, Paulo Pinto vem se dedicando à pesquisa desse ramo do turismo, tendo produzido, com o professor Raul Ivan Campos, um estudo sobre o Parque Ambiental de Belém. Mais conhecido por Parque do Utinga, essa área de proteção sofre forte pressão populacional, com graves prejuízos aos mananciais que abastecem a cidade.
A partir de 1997, Paulo Pinto concentrou seu interesse sobre uma das áreas de maior potencial turístico do Pará, a Serra das Andorinhas, uma faixa de terra no município de São Geraldo do Araguaia, ao lado de Xambioá, palco da guerrilha do Araguaia na época do regime militar.
Na década de 1980, pesquisas constataram o alto valor da serra para as Ciências Naturais, sobretudo às áreas da Arqueologia, da Botânica e da Biologia. A serra é um santuário ecológico, com mais de 106 sítios arqueológicos, 42 cavernas, 34 cachoeiras, 30 grutas, oito tipos de florestas diferentes, mais de cinco mil gravuras e pinturas rupestres, além de 80 espécies de orquídeas, 200 tipos de árvores, 51 espécies de plantas medicinais e mais de 500 espécies de animais vertebrados, entre as quais algumas espécies em extinção.

Para evitar que a pressão popular, numa área de muitos conflitos fundiários, causasse algum tipo de dano aos recursos naturais e à biodiversidade do local, o governo do Pará fez o tombamento da serra em 1989. Sete anos depois, criou o Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas, e delimitou uma Área de Proteção Ambiental com 60 hectares de entorno. A partir daí, o Parque entrou para a rota do turismo, em seu ramo mais recente, o ecoturismo, que vem se colocando na Amazônia dentro da perspectiva do desenvolvimento sustentável.

Em 1997, Paulo Pinto realizou uma pesquisa documental em Marabá, onde encontrou alguns registros sobre a serra. No ano seguinte, o pesquisador começou a aproximação com a área de estudo, realizando pesquisa documental em São Geraldo do Araguaia. Em 2001, ele manteve os primeiros contatos com os moradores, principalmente os mais antigos e formadores de opinião, entre os quais presidentes de associações e diretores da colônia de pescadores. Atualmente habitam a área cerca de mil pessoas, dispersas em pequenas vilas. Paulo Pinto centrou seu foco sobre a comunidade de Santa Cruz, uma das mais numerosas, com cerca de 200 habitantes. A população da serra sobrevive da agropecuária de subsistência.
Mesmo depois que o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas se transformou num dos pólos da política de ecoturismo do governo estadual, nada mudou para a população local. Os jovens, por exemplo, sem escolas para todos e sem oportunidades de trabalho, continuam migrando para outras cidades. Apesar do ecoturismo se preocupar com o desenvolvimento sustentável das populações nativas, pregando a inserção delas nas atividades e no desenvolvimento de políticas públicas participativas, os habitantes da Área de Proteção Ambiental, em São Geraldo, continuam esquecidos pelo Poder Público.
  
Dissertação de mestrado analisa política oficial de turismo em área de proteção ambiental
Walter Pinto

PÓLOS DE ECOTURISMO NAS REGIÕES DO BRASIL

A procura por um turismo onde o grande atrativo é a natureza e a relação do homem com o meio ambiente tem se intensificado cada vez mais. No Brasil, as áreas com grande potencial ecoturístico já foram mapeadas pela Embratur em conjunto com o Instituto de Ecoturismo do Brasil (IEB), e divididas em Pólos de Desenvolvimento de Ecoturismo.
Contrapondo-se ao turismo de massa, o ecoturismo atua com grupos pequenos, pela própria necessidade de reduzir o impacto nos locais visitados e garantir a sustentabilidade da principal fonte de renda da atividade: o ambiente natural. No entanto, os números começam a tomar proporções grandiosas, despertando a preocupação de governos e da sociedade ci
vil organizada.
A preocupação do governo com o fortalecimento da atividade ecoturística se traduz em diversas iniciativas. Recentemente, o Ministério do Esporte e Turismo assinou um convênio para liberar recursos para o projeto Pólo de Ecoturismo do Brasil, que será implantado, inicialmente, em 14 pólos em todas as regiões do país.

Os Pólos de Desenvolvimento do Ecoturismo

O Projeto Pólos de Desenvolvimento de Ecoturismo no Brasil, identificou localidades brasileiras onde a prática do ecoturismo vem ocorrendo e fez um inventário das características, das potencialidades e infra-estruturas de apoio disponíveis. Em todo o Brasil foram identificados 96 pólos, divididos pelas cinco regiões brasileiras.
O conceito de Pólo de Ecoturismo vai além da divisão meramente política de estados ou municípios. Para a Embratur, são considerados Pólos de Ecoturismo as áreas onde as atividades ecoturísticas já vêm sendo desenvolvidas com sucesso, promovidas por um número viável de agentes, ou em locais com potencial para esse tipo de turismo. 
Os pólos foram mapeados por ecossistemas, e por isso não necessariamente obedecem às delimitações dos estados.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

TRAGA SEU LIXO DE VOLTA



• Se você puder levar uma embalagem cheia para um ambiente natural, pode trazê-la vazia na volta.
• Ao percorrer uma trilha, ou sair de uma área de acampamento, certifique-se de que elas permaneçam como se ninguém houvesse passado por ali. Remova todas as evidências de sua passagem. Não deixe rastros!
• Não queime nem enterre o lixo. As embalagens podem não queimar completamente, e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta com você.
• Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalações sanitárias (banheiros) na área, cave um buraco com quinze centímetros de profundidade a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água, trilhas ou locais de acampamento, em local onde não seja necessário remover a vegetação.


VOCÊ É RESPONSÁVEL POR SUA SEGURANÇA



• O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade.
• Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro de viagem com alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, se necessário.
• Avise a administração da área que você está visitando sobre: sua experiência, o tamanho do grupo, o equipamento que vocês estão levando, o roteiro e a data esperada de retorno. Estas informações facilitarão o seu resgate em caso de acidente.
• Aprenda as técnicas básicas de segurança, como navegação (como usar um mapa e uma bússola) e primeiros socorros. Para tanto, procure os clubes excursionistas, escolas de escalada, etc.
• Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Acidentes e agressões à natureza em grande parte são causados por improvisos e uso inadequado de equipamentos.
Leve sempre lanterna, agasalho, capa de chuva e um estojo de primeiros socorros, alimento e água, mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração.
• Caso você não tenha experiência em atividades recreativas em ambientes naturais, entre em contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes. Visitantes inexperientes podem causar impactos sem perceber e correr riscos desnecessários.

EXCURSIONISMO DE MÍNIMO IMPACTO PLANEJAMENTO É FUNDAMENTAL


• Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes.
• Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
• Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
• Evite viajar para áreas populares durante feriados prolongados e férias.
• Certifique-se de que você possui uma forma de acondicionar seu lixo (sacos plásticos), para trazê-lo de volta.
• Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico e seu nível de experiência.

COMO SER UM ECOTURISTA CONSCIENTE


Durante a Viagem:

• Enquanto você estiver viajando, minimize os impactos ambientais, sociais e econômicos da sua visita;
• Lembre-se: você é o convidado;
• Seja culturalmente sensível e respeite os costumes locais;
• Fique o tempo suficiente em cada lugar para poder apreciá-lo;
• Viaje por meio de seus próprios músculos;
• Seja cuidadoso em não introduzir plantas e animais exóticos;
• Deixe o lugar mais limpo do que você encontrou;
• Familiarize-se com as regulamentações locais;
• Não utilize sabão ou detergente em áreas naturais;
• Quando viajando, gaste o dinheiro nos comércios locais;
• Considere as implicações da compra de produtos animais e vegetais.
Não os consuma se a espécie estiver ameaçada de extinção, for rara ou se a atividade não é legalmente reconhecida;
• Não encoraje o comércio ilegal comprando produtos feitos com espécies ameaçadas.
Quando você retornar
• Fomente e gere um conhecimento natural e cultural dos lugares que você visitou;
Considere os efeitos ambientais e culturais da sua visita. Forneça um retorno à sua operadora, sua agencia e às agências de governo (quem maneja a área).




PRINCÍPIOS DO ECOTURISMO


O Ecoturismo é uma opção diferente de lazer, uma viagem que tem como objetivo o contato direto com a natureza, a contemplação e interpretação dos ambientes visitados:
• A viagem de Ecoturismo tem um foco primário em visitar ambientes naturais relativamente remotos e inalterados.
 • O Ecoturista mantém um baixo impacto sobre o ambiente natural, sem alterar o recurso ou afetar negativamente a experiência.
• Os participantes trazem consigo uma ênfase educacional e um desejo em aprender mais sobre a história natural e cultural dos lugares visitados.
• O Ecoturista oferece benefícios diretos à economia e aos habitantes locais, além de colaborar com a preservação das áreas naturais e habitats da vida selvagem.
 • O Ecoturista promove o crescimento econômico enquanto protege o ambiente natural - qualquer desenvolvimento deve ser sujeito a limitações.
• A agência/operadora ajuda a custear o policiamento de suas próprias atividades, contribuindo com a preservação ambiental. Os viajantes devem ter o espírito da apreciação, participação e sensibilidade.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

POTENCIALECOTURISTICO BRASILEIRO


O Brasil tem uma superfície de 8.511.596,3 Km2. No âmbito dessa extensão continental abrange desde regiões equatoriais ao norte até áreas extratropicais ao sul, diferenciadas climática e geomorfologicamente, com uma extraordinária diversidade ecológica.
Incluído dentre os países de mega diversidade, detém um número entre 10% e 20% do total de espécies do planeta. Esta riqueza conhecida corresponde a 22% da flora, 10% do anfíbios e mamíferos e 17% das aves do mundo.

A superfície territorial brasileira abriga diferentes ecossistemas, destacando-se:


A Amazônia Central abriga o maior complexo hídrico-fluvial da Terra, com cerca de 7 milhões de km2, sendo uma região de dimensões continentais. A hiléia brasileira com cerca de 3,3 milhões de km2 sobrepõe-se, em grande parte à área da bacia hidrográfica do Rio Amazonas e caracteriza-se por abrigar grande riqueza biológica, com enorme diversidade de flora e fauna. É considerada uma das últimas reservas florestais do planeta.

Engloba um diversificado mosaico de ecossistemas florestais com estruturas e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando a diversidade de solos, relevos e características climáticas da vasta região onde ocorre. Estes ecossistemas são caracterizados por uma grande diversidade biológica e altos graus de endemismo da flora e da fauna.

É o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul, ocupando mais de 2 milhões de km2 e abriga um rico patrimônio de recursos naturais renováveis, adaptados às duras condições climáticas edáficas e hídricas, que determinam sua própria existência.

O Pantanal é a maior área de terras inundáveis da América do Sul, compreendendo a totalidade da bacia do Alto Paraguai, uma área de 496.000 km2, dos quais 393 estão localizados no Brasil.
A porção brasileira da Bacia abrange dois ecossistemas independentes: a parte baixa da Bacia - planícies de inundação - e a parte alta da Bacia - ou margem/borda, onde vivem inúmeras espécies, desde endêmicas até migratórias.

A Caatinga cobre aproximadamente 825.143 km2 do Nordeste e parte do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, apresentando planícies e chapadas baixas. A vegetação é composta de vegetais lenhosos, misturados com grande número de cactos e bromélias. A secura ambiental, pelo clima semi-árido, e sol inclemente impôe hábitos noturnos ou subterrâneos. Répteis e roedores predominam na região. Entre as mais belas aves estão a arara-azul e o acauã, um gavião predador de serpentes.

A Floresta com Araucárias, também conhecida como "Complexo dos Pinhais", pela predominância do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), constitui uma formação vegetal heterogênea: mata de araucárias, campos e paredões rochosos vegetados formando escarpas de até 300m de queda livre.
Os campos da Região Sul do Brasil são denominados "pampas", termo de origem indígena para "região plana". Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo. Outros tipos, conhecidos como campos do alto da serra, são encontrados em áreas de transição com a Floresta com Araucárias. Em outras áreas encontra-se, também, um campo de fisionomia semelhante à savana. Merecem destaque os campos inundáveis, como é o exemplo o "Banhado do Taim". Esses campos são importantes reservas naturais da vida selvagem.

O Manguezal ou mangue é um tipo de vegetação litorânea que constitui um dos mais típicos ecossistemas tropicai de grande importância ecológica e geológica. A fauna, em especial as aves e invertebrados, ocupa nichos ecológicos importantes e diversificados. 

Zonas Costeiras

O litoral brasileiro tem uma extensão de 7.367 km, apresentando uma imensa gama de ecossistemas: campos de dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baías, estuários, brejos, falésias e baixios.

AGENDA 21 LOCAL




A Agenda 21 Local é um instrumento de planejamento de políticas públicas que envolve tanto a sociedade civil e o governo em um processo amplo e participativo de consulta sobre os problemas ambientais, sociais e econômicos locais e o debate sobre soluções para esses problemas através da identificação e implementação de ações concretas que visem o desenvolvimento sustentável local.
O capítulo 28 da Agenda 21 global estabelece que "cada autoridade em cada país implemente uma Agenda 21 local tendo como base de ação a construção, operacionalização e manutenção da infra-estrutura econômica, social e ambiental local, estabelecendo políticas ambientais locais e prestando assistência na implementação de políticas ambientais nacionais". Ainda segundo a Agenda 21, como muitos dos problemas e soluções apresentados neste documento têm suas raízes nas atividades locais, a participação e cooperação das autoridades locais são fatores determinantes para o alcance de seus objetivos.

Para o governo brasileiro, a construção da Agenda 21 Local vem ao encontro com a necessidade de se construir instrumentos de gestão e planejamento para o desenvolvimento sustentável. O processo de Agenda 21 Local pode começar tanto por iniciativa do poder público quanto da sociedade civil. De fato, a Agenda 21 Local é processo e documento de referência para Planos Diretores e orçamento municipais, entre outros, podendo também ser desenvolvida por comunidades rurais, e em diferentes territorialidades, em bairros, áreas protegidas, bacias hidrográficas. E, reforçando ações dos setores relevantes, a Agenda 21 na escola, na empresa, nos biomas brasileiros é uma demanda crescente, cuja maioria das experiências existentes têm-se mostrado muito bem sucedidas.



Principais Desafios



Os principais desafios da Agenda 21 Local consistem no planejamento voltado para a ação compartilhada, na construção de propostas pactuadas, voltadas para a elaboração de uma visão de futuro entre os diferentes atores envolvidos; condução de um processo contínuo e sustentável; descentralização e controle social e incorporação de uma visão multidisciplinar em todas as etapas do processo. Desta forma, governo e sociedade estão utilizando este poderoso instrumento de planejamento estratégico participativo para a construção de cenários consensuados, em regime de co-responsabilidade, que devem servir de subsídios à elaboração de políticas públicas sustentáveis, orientadas para harmonizar desenvolvimento econômico, justiça social e equilíbrio ambiental.

Processo de construção da Agenda 21 LocalSugerimos também a leitura do "Passo a Passo da Agenda 21 Local"
O ponto de partida é a formação de um grupo de trabalho composto por representantes da sociedade e governo (no caso de um município ou determinada territorialidade), podendo ter a liderança de qualquer segmento da comunidade (governo, ONG, instituição de ensino, por exemplo). As atribuições desse grupo devem envolver desde a mobilização e a difusão dos conceitos e pressupostos da Agenda 21, até a elaboração de uma matriz para a consulta à população sobre problemas enfrentados e possíveis soluções, incluindo o estabelecimento de ações sustentáveis prioritárias a serem implementadas no processo de construção da Agenda 21
Local, envolvendo:

O estabelecimento de uma metodologia de trabalho
A reunião de informações sobre as questões chaves de desenvolvimento local A identificação dos setores da sociedade que devem estar representados, em função das particularidades locais
Os papéis dos diferentes participantes do processo
A identificação de meios de financiamento para a elaboração da Agenda 21 Local
Negociações junto ao poder local sobre a institucionalização do processo de construção e implementação da Agenda 21 Local
A criação de um Fórum permanente de desenvolvimento sustentável local - ou seja, que aborde os aspectos ambientais, sociais e econômicos locais - com o real envolvimento dos diferentes atores é etapa seguinte e meta fundamental para a sustentabilidade dos processos. Este Fórum, a ser institucionalizado pelo Poder Executivo ou Legislativo, terá a missão de preparar, acompanhar e avaliar um plano de desenvolvimento sustentável local de forma participativa. É essencial que os participantes sejam escolhidos pelos membros de seu setor e que o represente levando para o Fórum as questões nele consensuadas, trazendo de volta ao grupo os resultados e encaminhamentos acordados junto aos demais parceiros.
O Fórum requer um regimento interno, que deve constar basicamente de:

Missão, objetivos, atribuições
Freqüência e coordenação das reuniões
Forma de registro e responsáveis pela confecção e divulgação das minutas
Como os objetivos serão alcançados
Tempo de mandato e forma de substituição dos membros

A principal função do Fórum é definir os seus princípios estruturantes e uma visão de futuro desejado pela comunidade, que represente, da melhor forma, os diferentes pontos de vista e anseios dos seus participantes. Essa visão deve ser traduzida em ações a serem incluídas nos processos de planejamento dos municípios e regiões envolvidos.


Para a definição dessas ações, caberá também ao Fórum a escolha de temas críticos, capazes de catalisar a opinião pública e outros apoios, criando as condições para a formação do cenário de futuro desejável. Como exemplo de eixos temáticos para que as ações da Agenda 21 local possam se desenvolver temos: ações estratégicas para a proteção da atmosfera; ações estratégicas para a proteção do solo, da água e da diversidade biológica; ações estratégicas para a pobreza, saúde e igualdade social e assentamentos; acesso a serviços de informação; acesso a emprego; conscientização da população; educação para a Agenda 21 e troca de informações.


De acordo com as características geográficas, econômicas, culturais e históricas de um determinado local, este pode desenvolver a sua Agenda 21 local enfocando um ou mais eixos temáticos.

Para garantir agilidade e eficácia às resoluções do Fórum, é necessário o estabelecimento de uma estrutura, na forma de Secretaria Executiva, que deve contar com recursos humanos e financeiros para suprir as necessidades de implementação do processo. Esta secretaria precisará de espaço físico, seja nas instalações das prefeituras ou de uma instituição parceira.

Assim, para que os objetivos da Agenda 21 Local sejam atingidos, existe um amplo processo que depende da sensibilização e do estágio de amadurecimento de cada comunidade na discussão dos temas públicos de forma participativa. Assim, observando as diferentes experiências de Agenda 21 no Brasil podemos identificar diferentes estágios, qual seja: o da sensibilização, capacitação e institucionalização dos processos de agenda 21. O da elaboração, ou seja, definição de temas, elaboração de diagnósticos, formulação de propostas e definição de meios de implementação e o estágio da implantação propriamente dito.
O papel de cada um
Alcançar as mudanças necessárias para o sucesso da Agenda 21 Local demanda a ação dos grupos e indivíduos: lares, organizações comunitárias, movimentos sociais, ONGs, produtores e empresas de pequeno a médio portes, governos e organizações governamentais locais e regionais, instituições de pesquisa e ensino.


Cada membro, cada setor tem o seu papel. Para exemplificar, no plano governamental existe um papel específico para cada uma das esferas de governo na definição de políticas publicas. O plano federal define as políticas gerais e estruturantes do País elaborando diretrizes e princípios. Aos estados e municípios cabe, em seu espaço territorial, exercício semelhante de formulação de políticas públicas, em atendimento ao principio federativo.


A sociedade civil tem papel fundamental no monitoramento da Agenda 21 Local, mantendo uma atuação ativa e crítica, mas isso só pode ocorrer se os governos exercerem as leis de forma transparente, requerendo que as informações estejam disponíveis para análise. Ainda, a sociedade civil pode se aproximar da comunidade de forma que esta seja mais efetiva na cobrança pela implementação das ações identificadas pela Agenda Local e na realização de campanhas de conscientização.


Contando com a participação ativa dos parceiros, a Agenda 21 Local tratará, assim, de assuntos específicos de cada territorialidade abordando temas cujas decisões estão em sua esfera de atuação. Desta forma, cria-se harmonia entre as competências e o apoio mútuo na formulação e implementação de ações para o desenvolvimento sustentável

O QUE É AGENDA 21


A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. Constitui-se na mais abrangente tentativa já realizada de orientar para um novo padrão de desenvolvimento para o século XXI, cujo alicerce é a sinergia da sustentabilidade ambiental, social e econômica, perpassando em todas as suas ações propostas.


Contendo 40 capítulos, a Agenda 21 Global foi construída de forma consensuada, com a contribuição de governos e instituições da sociedade civil de 179 países, em um processo que durou dois anos e culminou com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), no Rio de Janeiro, em 1992, também conhecida por Rio 92.

Além da Agenda 21, resultaram desse mesmo processo quatro outros acordos: a Declaração do Rio, a Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas, a Convenção sobre a Diversidade Biológica e a Convenção sobre Mudanças Climáticas.


O programa de implementação da Agenda 21 e os compromissos para com a carta de princípios do Rio foram fortemente reafirmados durante a Cúpula de Joanesburgo, ou Rio + 10, em 2002.
A Agenda 21 traduz em ações o conceito de desenvolvimento sustentável


A comunidade internacional concebeu e aprovou a Agenda 21 durante a Rio 92, assumindo, assim, compromissos com a mudança da matriz de desenvolvimento no século XXI. O termo "Agenda" foi concebido no sentido de intenções, desígnio, desejo de mudanças para um modelo de civilização em que predominasse o equilíbrio ambiental e a justiça social entre as nações.


Além do documento em si, a Agenda 21 é um processo de planejamento participativo que resulta na análise da situação atual de um país, estado, município, região, setor e planeja o futuro de forma sustentável. E esse processo deve envolver toda a sociedade na discussão dos principais problemas e na formação de parcerias e compromissos para a sua solução a curto, médio e longo prazos.
A análise do cenário atual e o encaminhamento das propostas para o futuro devem ser realizados dentro de uma abordagem integrada e sistêmica das dimensões econômica, social, ambiental e político-institucional da localidade. Em outras palavras, o esforço de planejar o futuro, com base nos princípios da Agenda 21, gera inserção social e oportunidades para que as sociedades e os governos possam definir prioridades nas políticas públicas.
É importante destacar que a Rio 92 foi orientada para o desenvolvimento, e que a Agenda 21 é uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável, onde, evidentemente, o meio ambiente é uma consideração de primeira ordem. O enfoque desse processo de planejamento apresentado com o nome de Agenda 21 não é restrito às questões ligadas à preservação e conservação da natureza, mas sim a uma proposta que rompe com o desenvolvimento dominante, onde predomina o econômico, dando lugar à sustentabilidade ampliada, que une a Agenda ambiental e a Agenda social, ao enunciar a indissociabilidade entre os fatores sociais e ambientais e a necessidade de que a degradação do meio ambiente seja enfrentada juntamente com o problema mundial da pobreza. Enfim, a Agenda 21 considera, dentre outras, questões estratégicas ligadas à geração de emprego e renda; à diminuição das disparidades regionais e interpessoais de renda; às mudanças nos padrões de produção e consumo; à construção de cidades sustentáveis e à adoção de novos modelos e instrumentos de gestão.

Em termos das iniciativas, a Agenda 21 não deixa dúvida. Os Governos têm o compromisso e a responsabilidade de deslanchar e facilitar o processo de implementação em todas as escalas. Além dos Governos, a convocação da Agenda 21 visa mobilizar todos os segmentos da sociedade, chamando-os de "atores relevantes" e "parceiros do desenvolvimento sustentável".

Essa concepção processual e gradativa da validação do conceito implica assumir que os princípios e as premissas que devem orientar a implementação da Agenda 21 não constituem um rol completo e acabado: torná-la realidade é antes de tudo um processo social no qual todos os envolvidos vão pactuando paulatinamente novos consensos e montando uma Agenda possível rumo ao futuro que se deseja sustentável.

ATRATIVOS NATURAIS


Segundo Ignarra (2003), o conceito de atrativos são classificados como natural e cultural.
Os naturais podem ser representados por tipos e sob tipos:

Montanhas - que tem como subtipos: picos, serras, montes, morros e colinas.

Planalto e Planicie – São as chapadas e os tabuleiros.

Costa ou Litoral - São as praias, restingas, baias/enseadas, sacos, cabos/ pontos, Dunas e outros.

Terras Insulares - são as ilhas, os arquipélagos, os recifes e atóis.

Hidrografia – representados por rios, lagos/lagoas, praias fluvial-lacustres e quedas d água.

Pântanos – são as fontes hidrominerais/ ou termais, os parques e reservas de fauna e flora, as grutas//cavernas e furnas.

Quanto que os atrativos culturais – são formados pela arquitetura, as manifestações artísticas, museu, sitio arqueológico e outros.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA NACIONAL DE ECOTURISMO


A Gestão responsável e sustentada dos recursos naturais e o respeito à preservação da identidade cultural de populações nativas tem servido de instrumento de pressão aos anseios e necessidades desenvolvimentistas de muitos países.


O Brasil devido a sua dimensão continental e situação geográfica, tem sido alvo de boa parte destas pressões externas, seja de instituições multilaterais de crédito e cooperação ou de governantes dos países desenvolvidos, seja dos cidadãos através da imprensa ou de seus representantes, as organizações não governamentais. Igualmente poderosas e legítimas são as pressões internas que obrigam o país a utilizar seu patrimônio em favor dos brasileiros que espontaneamente migram do sul para o norte e do leste para o oeste atraídos pela esperança de um mundo melhor.

O simples reconhecimento de algumas práticas adotadas na expansão das fronteiras em busca do crescimento econômico são nocivas ao meio ambiente e ao homem, não é suficiente. É preciso aceitar o desafio de promover mudanças na política governamental de desenvolvimento e encontrar alternativas para os modelos até agora adotados.Toda liderança corresponde uma parcela de responsabilidade e, neste quadro, a indústria de turismo e viagens, líder mundial em movimentação de recursos e geração de empregos, que depende umbilicalmente de uma gestão sustentada dos patrimônios natural e cultural, cruza com o caminho do Brasil, maior país tropical do mundo, proprietário e gestor do maior banco de diversidade do planeta. Desta relação surge o ecoturismo como um dos mais inteligentes instrumentos de viabilização econômica para o gerenciamento correto dos recursos naturais, oferecendo aos brasileiros uma alternativa digna de conquistar seu sustento e uma vida melhor, ao mesmo tempo que assegura às gerações futuras acesso aos legados da natureza.

No entanto, para que o ecoturismo possa efetivamente constituir uma estrutura sólida, acessível e permanente, é preciso que esteja alicerçado em diretrizes coerentes com o mercado, tecnologicamente adequadas e democraticamente discutidas, de forma a acomodar as peculiaridades de cada ecossistema e de cada traço da cultura popular brasileira.Assumir este nível de responsabilidade com o Brasil e com o mundo, estabelecer este tipo de alicerce e dar a esta atividade, aparentemente irrelevante, a visão de prioridade estratégica do ponto de vista social, econômico e ambiental foi a atitude do Governo Itamar Franco, cujo compromisso maior é construir a plataforma de lançamento da qual nosso país será alçado à posição de destaque que com justiça lhe pertence no contexto internacional. A indústria do turismo é, na atualidade, a atividade que apresenta os mais elevados índices de crescimento no contexto econômico mundial. Movimenta cerca de US$ 3,5 trilhões anualmente e, apenas na última década, expandiu sua atividade em 57%.
O ecoturismo, na indústria de turismo e viagens, é o segmento que apresenta maior crescimento, resultando no incremento das ofertas e demandas por destinos ecoturísticos. No Brasil, o ecoturismo é discutido desde 1985. No âmbito governamental, a primeira iniciativa de ordenar a atividade ocorreu em 1987 com a criação da comissão técnica nacional, constituídos por técnicos do Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR, para monitorar o Projeto de Turismo Ecológico, em resposta às práticas existentes na época.No entanto, tanto os esforços governamentais como privados não foram suficientes para ultrapassar as barreiras, até hoje existentes, entre a teoria - principalmente em relação aos modelos nacionais - e a prática do ecoturismo. Pontificam-se entre essas barreiras a ausências de consenso sobre a conceituação do segmento, a falta de critérios, regulamentações e incentivos que orientem empresários, investidores e o próprio governo, no estímulo e na exploração do potencial das belezas naturais e valores culturais, ao mesmo tempo em que promova a sua conservação.

Em conseqüência, o ecoturismo praticado no Brasil é uma atividade ainda desordenada, impulsionada, quase que exclusivamente, pela oportunidade mercadológica, deixando a rigor, de gerar os benefícios sócio-econômicos e ambientais esperados e comprometendo não raro, o conceito de imagem do produto ecoturístico brasileiro nos mercados interno e externo.Essas razões, em especial, motivaram o Ministério da Indústria e do Comércio e do Turismo do Meio Ambiente e da Amazônia Legal a instituir, pela Portaria Inter-ministerial Nº 001, de 20 de abril de 1994, Grupo de Trabalho, integrado por representantes destes Ministérios, do IBAMA e EMBRATUR para desenvolver e propor uma política e um Programa Nacional de Ecoturismo.

O grupo de Trabalho, seguindo orientação emanada dos respectivos Ministérios, promoveu durante seus trabalhos, ampla discussão acerca do ecoturismo, com os mais diversos segmentos interessados governamental e privado. Para tanto, adotou a seguinte metodologia de trabalho:

a) pesquisa e análise de documentos, informações e sugestões oriundas do setor turístico e ambiental;

b) realização de reunião de trabalho com a presença de representantes do SEBRAE, SUDAM, UNESCO, Associação Brasileira de Ecoturismo, SENAC, BNB, E BASA;

c)realização de oficina de planejamento promovida em Goiás Velho-GO, obedecendo à metodologia ZOPP, que contou com a participação de representantes do MICT, MMA, EMBRATUR, IBAMA, MEC, organizações não governamentais, empresários e consultores. Durante cinco dias, o grupo centrou suas discussões na conceituação de ecoturismo, na análise da situação atual e nas necessidades de ação para o desenvolvimento ordenado do ecoturismo no Brasil. Como resultado dessa participação multidisciplinar, o presente documento pretende nortear o desenvolvimento regional de ecoturismo e servir como base para uma implantação de uma Política Nacional de Ecoturismo no Brasil que assegure:


- à comunidade: melhores condições de vida e reais benefícios;

- ao meio ambiente: uma poderosa ferramenta que valorize os recursos naturais;

- à nação: uma fonte de riqueza, divisas e geração de empregos;

- ao mundo: a oportunidade de manter para as gerações futuras o patrimônio natural dos ecossistemas onde convergem a economia e a ecologia.

Fonte: Transcrição de parte do documento elaborado em 1994, por um Grupo de Trabalho Interministerial, organizado pelo MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E DA AMAZÔNIA LEGAL e pelo MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DO TURISMO, através da EMBRATUR.