terça-feira, 27 de junho de 2017

ASSIM É A VIDA

Parei de tentar entender certas coisas malucas que acontecem na vida.
 Parei de olhar pro céu e perguntar "por quê?". 
Sabe de uma coisa? 
A vida não para. 
A vida não espera por você. 
A vida passa e é você que tem que pegar o ritmo. 
A vida passa e o tempo voa. 
A gente cai, leva na cara, leva porrada, é empurrado, é passado para trás. 
A vida é feito uma competição e que vença o melhor. 
Caia, levante, lave o rosto, seque as lágrimas. 
Caia e levante quantas vezes for necessário pra você aprender que você é forte e que você aguenta o tranco.
Coloque um sorriso "falso" no rosto e lute para torná-lo real.
Não demonstre fraquezas. 
Às vezes eu não queria que fosse assim, Mas é. 
É isso ai, é o que tem que ser. 
Eu estou aprendendo a ser mais ignorante e dura com a vida. 
Bato de frente, grito, digo NÃO, eu NÃO ACEITO e corro em direção aos meus ideais. 
Se eu não ser dura com ela. Ela é comigo, ela passa por cima sem dó e acredite ela tem uma força avassaladora. 
Ela não para por mim. 
Ela não para por você!
                                                    Paloma Porto

quarta-feira, 21 de junho de 2017

É PRECISO


É preciso não esquecer nada: 
nem a torneira aberta nem o fogo aceso, nem o sorriso para os infelizes 
nem a oração de cada instante. 
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre. 
O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos, a ideia de recompensa e de glória. 
O que é preciso é ser como se já não fôssemos, vigiados pelos próprios olhos severos conosco, pois o resto não nos pertence. 

[Cecília Meireles]

EU TE AMEI


Eu te amei além das datas e dos horários todos os dias úteis e feriados sem presente, futuro ou passado; amei-te desde sempre e em todos os momentos 
como ontem e em todo o calendário. 
Eu te amei na solidão do dia infinito e nas longas noites de desalento. Amei-te no encontro e na separação nas p
alavras que diminuíam as distâncias e no silêncio que apressou as passadas do tempo. 
Como quem não sabia viver de outro jeito eu te amei sem salvação e sem remédio. 
Acendi velas, fiz orações e unguentos fiz promessas, usei armas de guerra, mas nada te arrancava do meu pensamento. 
Até que a vida, com seu passo marcado, fez da nossa história um sonho desfeito... 
De tudo ficou apenas a natureza da memória e o verbo amar no pretérito perfeito. 


 
Aíla Sampaio