quarta-feira, 8 de outubro de 2014

QUANDO É PRA SER A GENTE SENTE

Foi esperando quase nada que um quase tudo apareceu. Simples como um fim de tarde.
No começo era medo, incerteza, insegurança surgindo como relâmpago no céu.
Depois, uma sensação de pertencimento, de paz, de alegria por encontrar um sentimento desconhecido, mas que fazia bem. 
Não teve espumante, holofote, tapete vermelho. 
Foi simples como um fim de tarde. 
Algum frio na barriga, interrogações deslizando pelas mãos suadas, uma urgência em saber se aquilo era ou não pra ser. 
É que um dia alguém nos ensina que quando é pra ser a gente sente.

Clarissa Corrêa

O TEU AMOR, O MEU AMOR


É como se pudesse caber o mundo todo num sentimento, resumir minha vida em um momento, isso é ter sempre uma pessoa no pensamento, é amar.
É querer estar do teu lado.
Eu me sinto possível, me sinto incrível, eu me sinto bem.
Te querer é precisar, é como respirar, não há como parar uma vez que você descobre o que é o ar.
Teus beijos são o meu alimento, seu abraço o calor que me mantém viva.
O amor que me dá vida, o teu nome a coisa mais linda.
Te quero como não existe outro querer, 
te vejo como o sol nunca brilhará, 
você tem uma alma tão pura no teu ser, uma alma que foi feita para a minha encontrar.

(Mariana Siqueira)

O AMOR DAS MINHAS VIDAS

Há tanto tempo que eu te busco nesse mundo

Como se fosse pra você ser meu

Você é o meu sonho mais profundo

Meu coração bate junto ao seu

Eu venho te buscando, te querendo

E um dia desses você pôde me ouvir

Minha alma feliz por estar te vendo

Desatou, e já não para de sorrir

Viemos de reinos distantes

Já nos conhecemos antes de nascer

Em outras vidas nós fomos amantes

E nos encontramos porque tinha de ser

Eu e você já nos amamos de outras vidas

E mesmo não lembrando 

Acredito que houveram outras existências esquecidas

E que nelas você sempre acabou me encontrando

Mariana Siqueira

terça-feira, 7 de outubro de 2014

OS INCOMODADOS QUE SE RETIREM



Dizem que os incomodados é que devem se retirar. Concordo. Se alguma coisa me incomoda, abandono o barco. Chuto o tal do balde. Ficar insistindo em uma coisa que não vai dar certo nunca é a minha especialidade. Manter namoros estressantes, amizades interesseiras e desrespeitosas, empregos sem futuro não faz muito sentido na minha cabeça tento até o ultimo minuto. Desculpe minha mania de ser clichê, mas a vida é muito curta pra ficar perdendo tempo com quem não quer nada, com quem é oportunista, com quem é parasita.

Não é nada fácil me aguentar, eu sei. Sou implicante. Pouco tolerante. Pirracenta. Falo o que penso. Faço o que tenho vontade na maioria das vezes. E pior: sou adepta de uma filosofia de vida muito objetiva que eu mesma desenvolvi: “Quer? Quer. Não quer? Não quer”. Diga logo que não quer, não fique me enrolando com medo de me magoa, pois o eu descobrir. E é assim que eu gostaria que agissem comigo. Não me quer, cai fora vida logo. Se quer? Demonstre e faça por merecer.

Não puxo saco de ninguém, bajular alguém, nem espere isso de mim. Detesto que puxem meu saco também. Não for à festa sem ser convidada. Não faço amizades por conveniência. Não sei rir se não estou achando engraçado. Não seguro o choro se o coração estiver apertado, choro de alegria, choro de tristeza, choro de decepção... Não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. Não namoro pra falar que tenho alguém. Nunca fiz parte de grupos em que as pessoas pensassem, agissem e se vestissem todas iguais. Nunca precisei beber, fumar ou me drogar pra pertencer a nenhum grupo social. Esta não sou eu.

Sou eu a cidadã cansada dos padrões machistas da sociedade. Sou eu a cidadã cansada de ver as capas de revistas com corpos de fora e imaginar se o que conta realmente é ter alguma coisa por dentro. A cidadã que, de tanto pensar, não dorme. De tanto não dormir, não pensa. A cidadã que, aos onze anos de idade, queria consertar o mundo fazendo cover da Xuxa nas escolas e falando pras crianças não se drogarem. A cidadã que não confia nos homens, não acredita na humanidade e gostaria de adotar uma girafa. A cidadã que planeja montar uma família com onças, aves e siris - além da girafa. Sou eu essa cidadã estranha. Sonho que sou a Branca de Neve e acordo engasgada com a maçã.

E de tanto conviver com pessoas hipócritas, medíocres, aprendi a sentir de longe e jogar fora o que não presta. Ou melhor, saio eu mesma da relação. Não faz mais sentido acreditar que a sua amiga interesseira vai ser uma pessoa melhor depois que você conversar com ela e mostrar caminhos de mudanças e que pode ser bem sucedida por seus méritos. Ou que seu “chefe” vai reconhecer seu esforço, perceber que os projetos devem ser pensado, planejado, executado e avaliado. Pena. Não funciona dessa forma, só mesmo na minha cabeça e na minha personalidade perfeccionista.

O que incomoda vai estar sempre ali no mesmo lugar. As pessoas acomodadas nunca vão querer mudanças, querem realmente que você se retire.
 
(Texto de origem do http://www.ateondevai.com adaptado Bel)