sexta-feira, 19 de junho de 2009

QUANDO EU MORRER

Quando eu morrer não me deem rosas, mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a que brar e vogar.
Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto num jeito de nunca mais parar.
Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto, não.
Oh, sentir sempre no peito o tumulto do mundo
da vida e de mim.
E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar, o meu coração fica para ti.
Para ter a ilusão
de nunca mais parar.
Alexandre Daskalos

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