quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

6. A EXPERIENCIA DE HAUTHORNE

Em 1924, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos fez uma pesquisa para verificar a correlação entre produtividade e iluminação do local de trabalho, dentro dos pressupostos da Administração Científica, iniciando-se o processo de investigação cujas conclusões são as seguintes:

1) O nível de produção é resultante da integração social – não se dá pela capacidade física ou fisiológica do empregado, cujo resultado advém de normas sociais e expectativas grupais. Quanto maior a integração social do grupo de trabalho, tanto maior a disposição de produzir.

2) Comportamento social dos empregados dos empregados - se apóia totalmente no grupo. Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos, cujo desvio das normas grupais causa punições sociais ou morais dos colegas.

3) Recompensas e sanções sociais – os operários que produziram acima ou abaixo da norma socialmente determinada perderam o respeito e a consideração dos colegas. As pessoas são avaliadas pelo grupo em relação a normas e padrões de comportamento que o grupo define como aceitáveis.

4) Grupos informais – a empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa. Os grupos informais constituem a organização humana da empresa, muitas vezes em contraposição à organização formal estabelecida pela direção.

5) Relações humanas – no local de trabalho, as pessoas participam de grupos dentro da organização e mantêm-se em uma constante integração social. Elas querem ser aceitas, reconhecidas e participar, no intuito de atender a seus interesses e aspirações pessoais.
6) Importância do conteúdo do cargo – a especialização não é a maneira mais eficiente de divisão do trabalho. A especialização proposta pela Teoria Clássica não cria a organização mais eficiente porque os operários trocavam de posição para variar e evitar a monotonia, contrariando a política da empresa.
7) Ênfase nos aspectos emocionais – os elementos emocionais não planejados e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da Teoria das Relações Humanas. Daí a determinação dos sociólogos da organização aos autores humanistas.

7. A civilização industrializada e o homem
A Teoria das Relações Humanas mostra o esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada.
Os métodos de trabalho visam à eficiência e não à cooperação. A cooperação humana não é o resultado das determinações legais ou da lógica organizacional. Mayo defende os seguintes pontos de vista:
1) O trabalho é uma atividade tipicamente grupal – o nível de produção é influenciado mais elas normas do grupo do que elos incentivos salariais e materiais de produção.

2) O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo – as mudanças tecnológicas tendem a romper os laços informais de camaradagem e amizade dentro do trabalho.

3) A tarefa básica da administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar, com os chefes democráticos, persuasivos e simpáticos com todo o pessoal.

4) Passamos de uma sociedade estável para uma sociedade adaptável, mas negligenciamos a habilidade social.

5) O ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecido”, de receber adequada comunicação.

6) A civilização industrializada traz como consequência a desintegração dos grupos primários da sociedade, como a família, os grupos informais e a religião, enquanto a fábrica surgirá como uma nova unidade social que proporcionará um novo lar.

7) O trabalho é uma atividade tipicamente grupal – o nível de produção é influenciado mais pelas normas do grupo do que pelos incentivos salariais e materiais de produção.

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