quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

1.4. OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Princípios da administração científica de Taylor

Princípio do planejamento – substituir a improvisação pela ciência através do planejamento do método de trabalho;
Princípio de preparo – selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com as suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor;
Princípio do controle – controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto;
Princípio da execução – distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada.

1.4.1. Princípios de eficiência de Emerson

Traçar um plano bem definido, de acordo com os objetivos;
Estabelecer o predomínio do bom senso;
Oferecer orientação e supervisão competentes;
Manter disciplina;
Impor honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no trabalho;
Manter registros precisos, imediatos e adequados;
Oferecer remuneração proporcional ao trabalho;
Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho;
Fixar normas padronizadas para trabalho em si;
Fixar normas padronizadas para as operações;
Estabelecer instruções precisas;
Oferecer incentivos ao pessoal para aumentar o rendimento e a eficiência.

1.4.2. Princípios básicos de Ford

Henry Ford (1863-1947) – o mais conhecido dos precursores da Administração Científica -
iniciou sua vida como mecânico. Projetou um modelo de carro e em 1899 fundou a Ford Motor Co. Sua idéia: popularizar um produto antes artesanal a destinados a milionários, ou seja, vender carros a preços populares, com assistência técnica garantida, revolucionando a estratégia comercial da época.

Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa - emprego da linha de montagem.

1.4.3. Três aspetos da produção em massa
A progressão do produto através do processo produtivo é planejada, ordenada e contínua;
O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo;
As operações são analisadas em seus elementos constituintes.
Os três princípios adotados por Ford
Princípio da intensificação –
diminuição do tempo de duração com a utilização imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado;
Princípio de economicidade –
reduzir ao mínimo o volume de estoque da matéria-prima em transformação fazendo com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida;
Princípio de produtividade –
aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período por meio da especialização e da linha de montagem.

1.5. A APRECIAÇAO CRÍTICA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

“A obra de Taylor e seus seguidores é susceptível de críticas, que não diminuem o mérito e o galardão de pioneiros e desbravadores da nascente Teoria da Administração.” (CHIAVENATO, 2003, p. 67)
Esse mérito se deu em face à falta de conhecimentos de assuntos administrativos, que foram, a partir de então, sendo sistematizados.

1.5.1. Principais críticas
Mecanicismo da administração Científica –
restringindo-se às tarefas e os fatores diretamente relacionados com o cargo e a função do operário;
Superespecialização do operário –
preconizada por meio de divisão e subdivisão de toda a operação em seus elementos constitutivos;
Visão microscópica do homem –
visualizando cada empregado individualmente e ignorando que o trabalhador é ser humano e social.
Ausência de comprovação científica –
criticada por pretender criar uma ciência sem o cuidado de apresentar comprovação científica das suas proposições (não utilização de pesquisas e experimentação científica para comprovar suas teses);
Abordagem incompleta da organização –
por limitar-se apenas nos aspectos formais da organização, omitindo a organização informal e os aspectos humanos da organização;
Limitação do campo de aplicação –
restrito aos problemas de fábrica, não considerando os demais aspetos da vida da organização;

Abordagem prescritiva e normativa –
preocupação em prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias para que o administrador possa ser bem-sucedido;

Abordagem de sistema fechado –
visualiza apenas o que acontece dentro da organização sob o ponto de vista de algumas variáveis mais importantes apenas, omitindo-se outras cuja influência não seja bem conhecida no conjunto.
Referência:
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, pp. 47-77.

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