Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de mulher perdida no areal. Eu me orientava. Era a menina daquela casa, cheia da lembrança de seus perfumes, cheia da fragrância dos seus vestíbulos, cheia das vozes que a haviam animada.
Antoine de Saint-Exupery
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