terça-feira, 15 de janeiro de 2008

TUDO NA VIDA É MISTÉRIO.

Teve cheiro de vida, cheiro de paixão.
Teve cheiro de flor do campo, de sublime paixão
Teve cheiro de água pura, de mato, de paticholim
Cheiro de mata molhada, de folha seca, cheiro de tesão
Foi assim que nossos corpos se encontraram, envolvidos, inebriados e abastecidos de energia, de prazer, de evolução
Evolução da dança, do sagrado, do cio da terra
Foi assim, nossa áurea brilhante, como a luz do desejo
Sentir a alma vibrando, perceber o giro da energia a iluminar
Gaia com o reflexo mais belo nas águas claras e transparentes
Momento mágico, único e puro
Teve sabor de todas as frutas exóticas da Amazônia, do jenipapo, do açaí, do tamarindo, do taperebá
Teve ritmo, do Sairé, do carimbó, do ciriá, do boi bumba, e do marambiré.
Teve beleza do encontro das águas barrentas e volumosas do Amazonas com a clareza e transparência do azul do Tapajós, junta da magia e encantamento dos igarapés
Teve a força da tempestade do verão, da pororoca, das correntezas dos rios amazonidas;
Teve a magia da dança da mata em noites de chuvas calmas e céu escuro
A magia do por do sol em tardes ensolaradas a beira das praias desertas do Arapiuns,
Teve a sedução dos botos tucuxi e Iara na dança do acasalamento,
Conquistando sua fêmea na demonstração da singeleza e da beleza do macho experiente.
Teve musica, como o canto do uirapuru ou do sopro do vento na mata fechada, com seus mistérios que só a terra que é mãe sabe que existi.
Assim fomos, no único, mágico e misterioso momento de encontro entre TERRA E ÁGUA, fontes de vida e de inspiração.
Isabel Cristina

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