quarta-feira, 19 de maio de 2010

SORRI QUANDO A DOR TE TORTURAR


E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Charles Chaplin

AMOR E PAIXÃO


O amor é muito mais exigente do que a paixão: ele pressupõe a reconstrução de duas vidas a partir de uma troca de olhares, que é como tudo geralmente começa.
Enquanto a paixão se esgota em si mesma e não está interessada no amanhã, o amor é ambicioso, se pretende eterno, e para pavimentar essa eternidade não mede esforços.
Duas pessoas que nunca se imaginaram juntas de repente atendem a um chamado interno do coração e investem nessa união de olhos abertos a paixão é vivida de olhos fechados.
O amor é uma loucura disfarçada de sanidade.

O MAIS DESEJA

O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. 
Em silêncio. 
Sem dar conselhos. 
Sem que digam: "Se eu fosse você...”
A gente ama não é a pessoa que fala bonito. 
É a pessoa que escuta bonito. 
A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. 
É na escuta que o amor começa. E é na não escuta que ele termina.


DEREPERENTE

De repente, lembrando de um amigo que diz que as culpas são como um saco de tijolos que carregamos nas costas, o qual, ao longo da vida, vai ficando mais e mais pesado, surgiu uma necessidade incomensurável de pedir desculpas.
Procede a metáfora: tijolos que vamos acumulando e dos quais precisamos nos livrar, nem sempre com êxito...
Daí, percebo, essa vontade incontrolável de pedir desculpas.
Desculpa pela decepção que causei.
Desculpa pelo amor que dediquei.
Desculpa pela tristeza que senti.
Desculpa pelo sorriso que escondi.
Desculpa pela ajuda que precisei.
Desculpa pelo medo que vivi.
Desculpa pela insônia que provoquei.
Desculpa pelo sonho que não sonhei.
Desculpa pela bebida que engoli.
Pela chance que perdi.
Pela luz que não vi.
Pelo perfume que esqueci.
Pelo amigo que evitei.
Pela mão que me escapou.
Pela prece que rezei.
Pelo desalento que permiti.
Pelo que fiz ou deixei de fazer
Olha, desculpa por ter tentado ser eu mesmo sem saber que não devia nem podia...
Desculpa pela falta de originalidade.
Desculpa por rir numa hora dessas.
Desculpa por querer ir em frente.
Desculpa o mau jeito.
Desculpa chegar na hora, ainda que errada.
Desculpa o cansaço
Desculpa o embaraço
Bem, desculpa qualquer coisa...

Luiz Caversan

SE NÃO ENTENDO

"Se não entendo tudo, devo ficar contente com o que entendo. E entendo que vejo estas árvores e que tenho direito a minha língua e que posso olhar nos olhos dos estranhos e dizer: não me desculpe por não gostar do que você gosta; não me olhe de cima para baixo; não me envergonhe de minha fala; não diga que minha fala é melhor do que a sua; não diga que eu sou bonita, não seja bom comigo, não me faça favor; seja homem, filho da puta, e reconheça que não deve comer o que eu não como, em vez de me falar concordâncias e me passar a mão pela cabeça; assim poderei matar você melhor, como você me mata há tantos anos."

Autor.: João Ubaldo Ribeiro

RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Autor.: Cecília Meireles

segunda-feira, 17 de maio de 2010

FLOR DE AÇUCENA


Quando acariciei o teu dorso,
campo de trigo dourado,
minha mão ficou pequena
como uma flor de açucena
que delicada desmaia
sob o peso do orvalho.
Mas meu coração cresceu
e cantou como um menino
deslumbrado pelo brilho
estrelado dos teus olhos

Tiago de Melo

AUSÊNCIA


Eu deixarei que morra em mim o desejo
de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa
como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque
em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como uma nódoa do passado.
Eu deixarei ... tu irás e encostarás
a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei a minha face
na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos
da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.

Vinicius de Moraes

O AUTO-RETRATO



No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...




e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!

Apontamentos de História Sobrenatural
Mério Quintana

BILHETE


Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...


Mario Quintana

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PASSOS PELAS RUAS



Marcelo Mira



Enfeitou a casa
Mas não acreditava
Que o amor ainda pudesse chegar
Pela madrugada
Linda ao pé da escada
Esperou sentada pra não se cansar
Passos pela rua, lá vem o amor
Vem cambaleando entra pra um café
Sem carro do ano
Sem anel dourado
Na mão uma rosa
Sapato furado
Passos pela rua, lá vem o amor
Vem sorrindo alto, lá vem o amor
Hoje ela já sabe que o amor é raro
Hoje ela passeia com o amor ao lado
Se liga que lá vem o amor
Abre as portas que o amor chegou
Deixe-se levar enquanto ainda é tempo
Deixe-se levar pra sempre
Passos pela rua, lá vem o amor
Vem cambaleando entra pra um café
Sem carro do ano
Sem anel dourado
Na mão uma rosa
Sapato furado
Passos pela rua, lá vem o amor
Vem sorrindo alto, lá vem o amor
Hoje ela já sabe que o amor é raro
Hoje ela se deita com o amor ao lado

PRA VOCÊ GUARDEI O AMOR

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Letra da música Pra você guardei o amor de Nando Reis

segunda-feira, 3 de maio de 2010

DESEJOS ARDENTES



Quero nos teus braços ser acarinhada.
Nos teus beijos encontrar todo amor
desnudando minha alma apaixonada
e alucinada para sentir o teu calor.
Te quero pomposo e imperioso
libertando todos os meus desejos contidos.
Com teu jeitinho atrevido e malicioso
provocando em mim suspiros e gemidos.

Permita-me te amar ardentemente
saciando as minhas desvairadas fantasias.
Toma-me nos teus braços com desejos ardentes
e grave em mim as marcas das tuas ousadias.

Faça-me prisioneira de todos os teus carinhos.
meu corpo inquieto clama por paixão.
Quero a chama de todos os ninhos
e teu corpo como lavas de um vulcão


Aut. Ana Amélia Donádio

SE EU FOSSE VOCÊ!

Se eu fosse você,
eu tomaria logo em meus braços
essa mulher que lhe olha faceira,
dengosa,fogosa.
Eu a levaria para minha alcova
e nos lençóis de cetim branco
a depositaria,delicadamente.
Me colocava de bruços
para contemplar essa mulher
delicada de pele alva,
e a cobriria de beijos, e caricias.
Suavemente a pegaria em meus
braços, e aconduziria
para essa valsa dançar.
Entre rodopios, eu a
faria ficar estonteantemente
embriagada por mim.
Depois, com meu savor a fare
eu a libertaria de suas vestes
e começaria a lhe amar
insandecidamente,febrilmente.
Beberíamos do cálice da paixão
em goles pequeninos,saboreando
o momento inebriante de tesão.
Depositaria em seu corpo acetinado
mil beijos,e lhe acariciava até
faze-lá perder o juízo.
Lhe levaria ao céu estrelado
onde depositaria seu orgasmo
ardente.
Ah! Se eu fosse você,
eu saberia como me deliciar
nesse corpo torneado, a
espera do amor selvagem,delicioso
que essa linda princesa
pede, espera e merece.

MEU NOME É DESEJO


Meu nome é desejo
E vou te devorar...
Esfinge do prazer,
Podes me decifrar?
Metáforas sem fim
Escritas em êxtase
E sussurros.
Escuro e imensidão
Nas linhas de minha mão.
Boca de luar,
Beijos de veludo,
Leia meus códigos
Para entender tudo.
Mundo de símbolos
Desenhados na pele
E em segredos, dedos
De mar e correnteza,
Pele de fogo apenas para
A tua surpresa.
Sinta...
De olhos fechados, entrega...
Caçada selvagem,
Viagem pelo teu corpo
E paraíso...
Te aconchego,
Te mordo e aliso...
Morres sem fim
Lá dentro
E tão dentro
De nós e de mim.
A fina arte de enlouquecer,
Delírio sem hora marcada.
Meu nome é desejo
Sou tua mulher encantada...
Doce momento de pêlos e pele,
Labaredas e explosão,
Sou teu fetiche, tua cama,
Tua emoção...
Silêncios, sons,
Murmúrios, sintonia,
Visto a fantasia
E o dia é madrugada,
Morada do céu,
Seios de mel,
Significados tatuados
Em cetim, jasmins
Enfeitando o coração.
Estrelas caindo no
Tapete e no colchão...
Meu nome é desejo,
E vou te ensinar a voar..
Abra tuas asas,
Jogue-se no vento da paixão,
Não tenha medo de cair,
Vim aqui apenas
Para tirar teus pés do chão.
Meu nome é desejo,
Tire tuas roupas,
Vista o meu prazer,
E deixe tudo mais acontecer...

Autor.: desconhecido Foto: Bel

TE DESEJO DESNUDO


E quando ocupar tua boca,
te quero mudo!
Te farei calado!
E quando atacar teu corpo,
te quero suado!
Te quero arrepiado!
E quando tocar minha virilha,
Te quero fervendo!
E quando eu sugar teu pênis,
te sentirei ardendo!
Te quero gemendo!
E quando tu invadires minhas entranhas,
te sentirei gozar!
Me quero aflita!
E quando chegarmos ao orgasmo,
eu quero teu grito!
Serei tua meretriz!
E quando terminar nosso ato,
Te quero feliz!

DEIXA-ME


Deixe-me tocar sua pele,
e com sussurros de amor
efervescer sua alma,
pulsar seus pensamentos
acendendo novos desejos.
Deixe-me acordar você com beijos
em leves toques,
acariciar seus lábios com os meus
e despertar em você
sentimentos adormecidos e esquecidos.
Deixe-me olhar seus olhos,
navegar seu mundo, conhecer seu universo.
Deixe-me deixar
você ser o que quero que seja para mim,
a cada palavra, a cada toque...
Deixe me ser vital para você,
como você é para mim
no respirar,
no pulsar do coração,
na melodia da vida,
na luz que nos ilumina
Deixe-me ser sua eterna amante...

POESIAS EROTICAS


Teu corpo me excita, me faz vulnerável,
Desperta o meu desejo, num beijo insaciável.
Tua sensualidade me fascina,
Teu toque me provoca.
Ah! esse roçar dos lábios
Incendiando meu corpo,
Enlouquecendo meus sentidos,
Me fazendo delirar.
Quero ser a tua escrava
E me perder nesse êxtase,
Aplacar a minha sede
degustando seu néctar.
Quero ser tua amante,
Sentir-me deliciosa,
Insana e desejada,
Ouvindo os apelos do meu corpo,
Atendendo aos teus caprichos,
Provocando teu desejo
Até mergulhar no prazer
De me sentir tua Insaciável fêmea

Autor desconhecido